quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Momento Nostradamus

Em 2008:

- Flamengo, Internacional e Palmeiras disputarão com o São Paulo o título do Campeonato Brasileiro;

- O Inter também fará o duelo nacional do ano contra o Grêmio, na Copa do Brasil;

- O Corinthians voltará à Série A (mas não ficarei surpreso se ficar mais um ano na B);

- O Bahia também sobe;

- Dunga perderá o cargo para Felipão após o vexame olímpico (conforme planejado por Ricardo Teixeira);

- Kaká será novamente o melhor do mundo, Alexandre Pato a revelação, Dida terá o contrato rescindido e Ronaldo Fenômeno termina a temporada no Flamengo;

- A contagem de medalhas em Pequim será boa, mas aquém do esperado;

- A natação e a ginástica trarão medalhas, inclusive de ouro;

- Ricardinho se arrependerá amargamente por ter perdido o Bi Olímpico, por orgulho;

- Nelsinho Piquet vai sair na mão com o Fernando Alonso;

- Romário será artilheiro do Campeonato Carioca (se tirarem a punição);

- Eu vou errar várias previsões.

Até o ano que vem!

O Santo

"Natural de Roma, São Silvestre foi papa e governou a Igreja de 314 a 355 d.C, ano em que morreu, exatamente no dia 31 de dezembro. A Igreja Católica escolheu esta data para canonizá-lo.

Em seu pontificado, São Silvestre estabeleceu novas bases doutrinais e disciplinares colocando a Igreja em um novo contexto social e político. Ocorreu o entrosamento entre o clero e o Estado. Com o Edito de Milão, o cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano, na época governado por Constantino Magno. Com essa aliança, os cristãos puderam professar abertamente sua crença e a Igreja saiu de um período de perseguição que já se arrastava por 300 anos.

Uma das grandes realizações do papa Silvestre foi o concílio ecumênico de Nicéia, em 325, que definiu a divindade de Cristo. O curioso é que a assembléia foi convocado pelo próprio Constantino, o que mostra sua influência nos assuntos eclesiásticos. Foram elaborados ainda os de Arles e Ancira. São Silvestre foi um dos primeiros santos não-mártires cultuados pela Igreja. Ele é lembrado por promover a renovação do espírito e como protetor dos seguidores mais fiéis de Cristo.

Os feitos do santo do último dia do ano em defesa da fé não param por aí. Com a ajuda do imperador, São Silvestre construiu as basílicas de São Pedro sobre o túmulo do apóstolo, a Lateranense _ que se tornou a residência dos papas _ e a de São Paulo.

Existem apenas três paróquias dedicadas a São Silvestre no Brasil. A maior delas está localizada no distrito de São Silvestre, que faz parte de Jacareí, no Vale do Paraíba (SP); as outras ficam em Viçosa (MG) e Maringá (PR). "
(Fonte: http://www.saosilvestre.com.br/2007//historia/santo.php)

Essa é a história de São Silvestre, que dá o nome para a tradicional corrida do último dia do ano.

Corrida esta que, este ano, terá a presença da minha mãe, no auge da forma aos 50 e tantos anos.

Eu me canso de subir a Brigadeiro andando do Pão de Açúcar até a Av. Paulista. Imagine fazer o trajeto correndo, desde o Lgo. São Francisco, depois de correr mais de 10km.

Prefiro aproveitar as últimas horas do ano de outra forma, bem menos cansativa.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Deus e o Diabo na terra do sol

O fim do ano traz aquele dever-vontade de fazer uma retrospectiva do que de melhor e pior aconteceu nos 12 meses ateriores.

Esse ano de 2007, porém, foi um tanto quanto curioso. Grandes momentos não faltaram, e no geral pode ser considerado um bom ano para o nosso esporte. Só que brasileiro tem memória curta, e geralmente a última impressão é a que fica. A regra é que eventuais erros são encobertos por bons resultados finais, e bons trabalhos são esquecidos (ou invalidados) quando não se atinge o objetivo esperado.

Para comprovar o ponto acima defendido, segue uma pequena retrospectiva de importantes momentos esportivos de 2007:

1. Os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro contrariaram grande parte da crítica e do público em geral, ao apresentar as belas arenas esportivas prontas a tempo e transcorrer sem as previstas calamidades relacionadas à organização e à segurança pública. E o desempenho da nossa delegação foi, mesmo se considerando o nível mediano da competição, muito bom.

2. Após 64 anos, teremos uma Copa do Mundo no Brasil. A festa da torcida mais festiva do mundo está garantida.

3. O basquete brasileiro nunca foi tão bem representado no exterior, com vários jogadores tendo destaque na NBA. Leandrinho foi eleito o Melhor 6o Jogador da temporada, e Anderson Varejão tornou-se o primeiro brasileiro a disputar a final da liga norte-americana.

4. O São Paulo Futebol Clube sagrou-se pentacampeão Brasileiro, mostrando mais uma vez que em se tratando de lidar com o futebol de forma profissional, está alguns passos na frente de todos os outros clubes brasileiros. Se não tropeçarem nas próprias pernas, e seus adversários não correrem atrás do prejuízo, o Tricolor pode inicar uma fase de hegemonia sem precedentes em nosso futebol.

5. A natação brasileira colecionou medalhas importantes ao longo do ano em Mundiais, Pan-Americano, Universíada, e encontrou os possíveis substitutos de Gustavo Borges e Fernando Scherer. Thiago Pereira e César Cielo têm tudo para brilhar em Pequim.

6. A torcida do Flamengo deu show, lotando o Maracanã quando o time estava lá embaixo e levando-o até a Libertadores. É, sem dúvida, a maior torcida do Brasil.

7. A "Família Bernardinho" consagrou-se como o grupo mais vitorioso da história do nosso esporte. Indiscutivelmente.

8. A seleção de futebol feminino, nadando contra a corrente, chegou a uma final de Copa do Mundo. E tem pela segunda vez consecutiva a melhor jogadora do mundo.

9. O futebol baiano deu sinais de renascimento, com a volta do Vitória à Série A e do Bahia à Série B.

10. Ganhamos mais uma Copa América de futebol masculino. Mais uma vez sem ter todos os titulares. Mais uma vez sobre a Argentina - e dessa vez de goleada.

Esses mesmos fatos, entretanto, podem ser vistos sob uma outra perspectiva, um pouco mais crítica e menos festiva:

1. Os Jogos Pan-Americanos foi mais um caso de vergonha e descaso com o dinheiro público. Gastou-se quatro vezes o inicialmente previsto e as obras mais importantes, de infra-estrutura para a cidade do Rio de Janeiro, continuam nas pranchetas de engenheiros e arquitetos. Os grandes beneficiados com a história foram o ego de Carlos Artur Nuzman, a tranquilidade dos cariocas - que tiveram alguns meses de trégua - e o Botafogo, que ganhou de graça um estádio novinho em folha. Estádio este que será utilizado nos próximos anos, ao contrário das demais arenas esportivas construídas para o evento.

2. Após 64 anos, teremos uma Copa do Mundo no Brasil. A festa da cartolagem e política corruptas está garantida.

3. O basquete brasileiro perde cada vez mais espaço para outros esportes pela própria incompetência dos eternos dirigentes. Mais uam vez ficaremos de fora das Olimpíadas.

4. O São Paulo Futebol Clube, pentacampeão e oásis de competência, perdeu o Campeonato Paulista ao ser goleado, em casa, para o São Caetano - time intermediário da Série B; foi eliminado da Libertadores pelo Grêmio sem esboçar vontade ou poder de reação; e caiu fora da Sul-Americana ao perder, duas vezes, para um coadjuvante do Campeonato Colombiano. E, para finalizar o ano, ainda protagonizou a bobagem do "Penta Único".

5. A natação brasileira proporcionou o mais escândalo de doping da história do esporte brasileiro. Rebeca Gusmão, Eduardo de Rose, Renata Castro e Coaracy Nunes ainda não se explicaram direito, mas é improvável que todos - a não ser a nadadora - tenham uma punição justa.
6. A torcida do Flamengo teve que, em alguns jogos, ser separada por um cordão de isolamento da PM em pleno Maracanã, para que facções rivais não se matassem. A briga chegou a causar tumulto até em São Paulo, no Palestra Itália.

7. A magia da "família Bernardinho" foi quebrada pelo choque de egos do treinador e do levantador Ricardinho.

8. O futebol feminino no Brasil continua sendo tratado com chocante desprezo por quem deveria ser seu responsável. Uma Copa do Brasil feita às pressas e sem perspectiva está linge de ser a solução.

9. O futebol baiano proporcionou a maior tragédia do ano, com o desabamento da Fonte Nova e a morte de sete torcedores do Bahia.

10. Ganhamos mais uma Copa América de futebol masculino. Com um festival de volantes. Com o Dunga como técnico. E com uma Seleção que, ao invés de ser uma fonte de alegria e de identificação com o povo, serve apenas como facilitador de interesses excusos de alguns poucos.

Não quero aqui propor uma visão maniqueísta sobre o assunto. Mas sim que devemos aprender com as vitórias e com as derrotas, pois ambas fazem parte dessa arte que se chama esporte.

Nem tudo é perfeito quando se ganha, nem desprezível quando se perde. Ter essa consciência, e saber regular a distância entre o sucesso e o fracasso - que, nem sempre, é tão grande quanto parece - é a grande lição a ser aprendida por dirigentes, atletas, impresa e torcedores.

Com isso, 2008 - e todos os anos que virão - pode ser ainda melhor.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Libertadores 2008

O torneio com o nome mais bonito do mundo já tem seus adversários da primeira fase definidos - sem contar, claro, com os confrontos da fase preliminar.

Sonho de todos os times do Brasil desde o início da década de 90, vencer uma Libertadores envolve mais do que ter bons jogadores. Se num campeonato por pontos corridos o que faz a diferença é um bom elenco e planejamento, num campeonato curto como a Libertadores o que vale é um bom time com foco nela. Planejamento também conta, não em um sentido tão estratégico como no Brasileirão, mas sim no sentido tático; adversários e datas são definidos semana a semana, e saber se adequar a essas mudanças é fundamental.

Portanto, não me impressiono tanto com as dúzias de contratações feitas por alguns times, principalmente Flamengo e Fluminense. Até podem ajudar, mas não será isso que trará o título.

Fazendo uma análise grupo a grupo (dos times brasileiros), cheguei às seguintes projeções:

Grupo 1
San Lorenzo (ARG)
Real Potosí (BOL)
Caracas (VEN)
Cruzeiro (BRA) ou Cerro Porteño (PAR)
Se o Cruzeiro chegar à fase de grupos, não deve ter problema - o problema mesmo vai ser passar pelo Cerro. Não que o time paraguaio seja uma potência, mas a inexperiência mostrada pela equipe celeste no Brasileiro, aliada a uma (má) troca de técnico pode pesar contra.

Grupo 4
Flamengo (BRA)
Nacional (URU)
Coronel Bolognesi (PER)
Cienciano (PER) ou Montevideo Wanderers (URU)
A única coisa que assusta o Flamengo é a história do Nacional. A não ser que o Coronel Bolognesi resolva fazer alguma coisa com o candelabro, na sala de estar... Mengo nas oitavas, sem susto.

Grupo 6
Santos (BRA)
San José (BOL)
Colômbia 2
Chivas (MEX)
Até parece que o Santos deu sorte, mas é um grupo bem chato. Tudo bem que o San José tem apenas dois títulos bolivianos em sua história, mas jogar na estratosférica Oruro (3.702m, se a FIFA deixar) tira o ar de qualquer um. O Chivas já não tem a força de alguns anos, mas ainda é o time mais popular do distante México. Da Colômbia não sei o que vem. O Peixe também passa para as oitavas, mas vai se cansar bastante.

Grupo 7
São Paulo (BRA)
Sportivo Luqueño (PAR)
Atlético Nacional (COL)
Audax Italiano (CHI) ou Colômbia 3
A Diretoria Tricolor comemorou a ausência de longas viagens, jogos na altitude e um grupo aparentemente fácil. Nem sabia da existência deste time de Luque, mas o Nacional de Medellín é um dos mais tradicionais times colombianos - e o São Paulo foi eliminiado pelo modesto Millionários, da mesma Colômbia, na Copa Sul-Americana. E o desconhecido Audax arrancou um empate, em pleno Morumbi, e quase desclassificou o Tricolor na primeira fase da Libertadores 2007. Com atenção - o que o time deve ter, pois o foco está todo voltado para a competição - também passa sem problemas.

Grupo 8
Fluminense
Libertad (PAR)
LDU (EQU)
Arsenal (ARG) ou Mineros (VEN)
Já foi um mistério o fato do Flu ter sido cabeça de chave, afinal não disputa uma Libertadores a mais de 20 anos. Mas mesmo assim caiu no grupo mais difícil. O Libertad vem fazendo boas campanhas nos últimos anos, a LDU (e a altitude) sempre dá trabalho e o Arsenal, que deve passar pelo Mineros, acabou de ganhar a Sul-Americana. Se tivesse que apostar entre "Vários Reforços x Inexperiência/Soberba", ficaria com o primeiro, e a desclassificação do Tricolor já na primeira fase.

De quelquer forma, a Libertadores é fantástica. Melhor, só mesmo se tivesse menos times e fosse disputada ao longo do ano, não apenas em um semestre.

Mas isso é outra história.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O ano do doping

Renato Silva, do Fluminense, foi mandado embora das Laranjeiras por justa causa porque foram encontrados traços de tetrahidrocanabinol, vulgo THC, em seu sangue.

Jaqueline, do vôlei, ficou de fora dos Jogos Pan-Americanos por causa da sibutramina. A mesma substância rendeu punições a Alex Alves, do Juventude, e ao ciclista Magno Prado.

O caso Dodô marcou o início da queda alvi-negra com o estranho resultado positivo para fempronporex - não tão estranho quanto sua absolvição, cerca de um mês depois de pegar 120 dias de gancho.

Marcão, do Internacional, desfalcou a equipe no Campeonato Brasileiro por causa da finasterida, até ter sua pena substituída por doação de cestas básicas.

O ótimo ano da dupla André Sá e Marcelo Melo foi interrompido abruptamente, pouco antes da Copa Davis na Áustria. O "culpado" foi o isometepteno, ingerido via cápsulas de Neosaldina.

A testosterona exógena tirou, cinco meses depois, as medalhas Pan-Americanas de Fabrício Mafra, do halterofilismo, e de Rebeca Gusmão, da natação. Este último, por sinal, será provavelmente o maior escândalo de doping do esporte brasileiro.

Jihad Kondr, surfista paranaense, perdeu seu título brasileiro simplesmente por não ter comparecido ao exame anti-doping. A alegação foi de que o atleta estava com receio de ter o resultado positivo devido a medicamentos que toma para controlar um transtorno bipolar.

Por fim Romário, o Baixinho, deve ter sua aposentadoria "precocemente" anunciada por causa da mesma finasterida de Marcão. Eles já deviam saber que é dos carecas que elas gostam mais.

O doping assombra o esporte desde as "fantásticas" equipes de natação feminina da Alemanha Oriental. Mas nunca haviam sido registrados tantos casos em um só ano no Brasil como em 2007.

Independente das causas que levaram os atletas acima a terem resultados positivos (neste caso, um positivo com conotação bem negativa), parece que o doping veio para ficar também por aqui.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

domingo, 16 de dezembro de 2007

Mundial de Clubes - Parte III: Os verdadeiros campeões

Agora é oficial: a FIFA reconhece o Corinthians como o primeiro Campeão Mundial de Clubes, título conquistado em 2000 no Rio de Janeiro.

Não vou aqui explicar toda a situação, pois o imbóglio já é de conhecimento público. Mas levanto três questões curiosas:

1) Porque a FIFA demorou sete anos para reconhecer a validade de um campeonato que ela mesma organizou?

2) O Boca Juniors também é Campeão Mundial de 2000. São dois times com o mesmo título, então?

3) Se o Corinthians é o primeiro Campeão Mundial de Clubes, décadas de história - que incluem Pelé, Eusébio, Cruyff, Beckenbauer, Zico, Zidane, entre outros - não têm valor nenhum?

A controvérsia do Mundial de Clubes de 2000/Copa Traffic/Torneio Internacional Amigos do Eurico Miranda é muito parecida com a recente disputa pela Taça das Bolinhas, com origem no Campeonato Brasileiro e na Copa União de 1987.

Tanto o Sport como o Corinthians são campeões de direito, pois as entidades responsáveis os reconhecem como tal; porém, Flamengo e Boca são os campeões de direito, pois ninguém em sã consciência (a não ser torcedores do Sport e Corinthians) dá mais valor aos títulos conquistados por aqueles do que a estes últimos.

O que nos leva à óbvia conclusão: o Corinthians está para o Mundial de Clubes assim como Sport está para o Campeonato Brasileiro. E assim será para sempre, pois não há reconhecimento oficial que faça mudar a visão da torcida - e a realidade dos fatos.

Mundial de Clubes - Parte II: Humildade vs. Soberba

Em 2005, o São Paulo sabia que iria enfrentar o Liverpool na final do Mundial de Clubes da FIFA desde maio. Também sabia que, time por time, o Liverpool era melhor. Passou o ano inteiro estudando o adversário e bolando uma fórmula para trazer o título do Japão. Com respeito e consciente da realidade, executou à risca o planejamento, sem se importar em assumir a condição de "azarão", e foi Tricampeão Mundial. Com um sofridíssimo 1x0.

Em 2006, o Internacional sabia que iria enfrentar o Barcelona na final do Mundial de Clubes da FIFA desde maio. Também sabia que, time por time, o Barcelona era melhor (neste caso, muito melhor). Passou o ano inteiro estudando o adversário e bolando uma fórmula para trazer o título do Japão. Com respeito e consciente da realidade, executou à risca o planejamento, sem se importar em assumir a condição de "azarão", e foi Campeão Mundial. Com um arrastado 1x0.

Em 2007, o Boca sabia que iria enfrentar o Milan na final do Mundial de Clubes da FIFA desde maio. Mas os xeneizes ignoraram as diferenças e quiseram jogar de igual para igual com os rossoneri. Tomaram um vareio e perderam a chance de se tornarem os primeiros Tetracampeões Mundiais. Com um quase humilhante 4x2.

Nesse torneio, sul-americanos levam vantagem na raça e vontade de ganhar. E têm de usar isso ao extremo para voltar com o título. Pois se quiserem ganhar apenas na bola, a disputa é injusta.

Mundial de Clubes - Parte I: O melhor do mundo

Nem precisava, mas a atuação de Kaká hoje de manhã e o consequente tetra do Milan torna incontestável o título de Melhor Jogador do Mundo que o jogador receberá amanhã, na Suíça. E imaginar que ele já foi vaiado e praticamente expulso do São Paulo por parte da torcida - que, hoje, deve morrer de vergonha com a própria burrice.

Está certo que Kaká foi vítima das circunstâncias em sua curta passagem pelo Tricolor. Ele foi promovido ao time titular numa época em que os títulos de expressão rareavam e o time tinha a fama de amarelar em decisões. A torcida queria alguém que chamasse a responsabilidade e decidisse, não um garoto com cara de riquinho do Morumbi, que arrancava gritinhos de torcedoras e não aguentava o tranco de divididas mais duras. O futebol de Kaká, porém, ficava acima isso tudo. Só não conseguiu superar a derrota no Campeonato Brasileiro de 2002, quando após acabar como o melhor time durante os pontos corridos foi eliminado com duas derrotas para os Meninos da Vila.

Essa foi demais, e alguém teve que pagar o pato. Acabou sendo o Bola de Ouro daquele ano, infelizmente. Sua carreira no futebol brasileiro e sua condição de ídolo no São Paulo tiveram um fim precoce.

Eu não estava no Brasil em 2002, portanto não acompanhei o melhor momento de Kaká jogando no país. Também não entendi muito as vaias que vieram em seguida, pois peguei o bonde andando (mas confesso que ficava irritado vendo menininhas pré-adolescentes soltando gritinhos num estádio de futebol). Mas tive a oportunidade de ver uma das primeiras partidas do jogador como profissional. Foi num São Paulo x Santos, pelo Campeonato Paulista de 2001. O Peixe vinha bem, invicto, e o Tricolor com um desempenho inconstante que marcava aquela época. Com 1x0 no placar para o Santos, eis que sai do banco de reservas um menino chamado Cacá (ainda com "Cs" no lugar dos "Ks"). Com arrancadas e dribles fantásticos, que hoje o mundo inteiro conhecem, acabou com o jogo e deu a vitória de 4x2 para o São Paulo.

Já dava para sentir que este era diferenciado, como realmente é.

Pena que os tempos não eram dos mais favoráveis, e que a torcida não teve a paciência para acompanhar um pouco mais o surgimento de um craque.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Sonho de criança

Os europeus dão sim importância para o Mundial Interclubes (ou Taça Intercontinental, ou Mundial da FIFA, como queiram). Não tanto como nós sul-americanos, mas já vi muita pompa se desmanchar em lágrimas e lamentos ao perder a final no Japão para alguma equipe "menos gabaritada" da América do Sul.

Amanhã, quando o Milan fizer sua estréia na competição, um jogador terá motivos a mais para correr com gana atrás da taça. Kaká, quando dava seus primeiros piques atrás da bola, viu seus ídolos de então ergueram por duas vezes esse mesmo troféu. (Tudo bem, não era exatamente esse, mas é como se fosse.)

Mesmo depois da fama e do provável título de melhor jogador do mundo, acho difícil que o humilde Kaká não se lembre dos seus tempos de criança, quando em conjunto com outras milhares de crianças são-paulinas viram aquele timaço fazer história. O jogador tinha na época 11 anos, e momentos vividos nessa idade ficam gravadas de forma quase que indelével no rol de lembranças de uma pessoa.

Kaká jogará esse Mundial como um jogador sul-americano, como o é, pois além desse título ser por si só importantíssimo, com certeza tem ainda mais relevância para a vida de Kaká. Ele já desperdiçou uma chance em 2003 - contra o próprio Boca - e não acho que repetirá a dose.

Além do mais, outra coincidência histórica marca o jogo de amanhã.

Quando pisar no gramado, fará exatamente 15 anos da madrugada que o menino Ricardo ficou acordado até tarde, para ver o seu time do coração ser Campeão do Mundo pela primeira vez.

Time este que tinha, dentre seus craques, o jovem jogador Cafu. Hoje, companheiro de Kaká.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Injustiça corrigida

Apesar da promoção de Nelsinho Piquet à F1 acabei falando mais de um possível futuro duelo com Bruno Senna, na minha postagem de ontem. Mesmo essa ainda hipotética rivalidade gerar expectiativa desde já, o momento era para parabenizar o filho do tricampeão. O que é feito agora.

Aproveito também para estender o "momento homenagem" a Nélson, pai, tricampeão da F1 e o maior acertador de carros da história. Sua desavença com Ayrton, que viraria mito após a morte, e os anos de antecedência das conquistas (que, na infância, fazem toda a diferença) concedem a esse mestre do automobilismo, por vezes, menos idolatria do que realmente merece. Ainda mais para as pessoas da minha idade ou mais novas.

Quem sabe não dá para matar a saudade vendo seu filho nas pistas da F1 - e também fora delas.

Ouvi há pouco uma entrevista com Nelsinho no rádio e sua voz é surpreendentemente parecida com a do pai. Luciano Burti disse ontem no "Bem, Amigos!" que Nelsinho "não é uma pessoa muito fácil". E existe um inglês que tem tudo para ser o primeiro grande rival do jovem piloto.

Já dá para imaginar que o sucesso do clã Piquet pode ser repetido mais uma vez.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Que venha o Bruno

Com a chegada de Nelsinho Piquet à Fórmula 1, o possível grande duelo da categoria na próxima década começa a se desenhar.

Pois é impossível não fazer, desde já, projeções para a reedição do duelo Piquet x Senna.

Discurso sobre o método

O quinto campeonato consecutivo por pontos corridos deveria estar sendo celebrado por clubes, jornalistas e torcedores como uma das melhores coisas - senão a única - que aconteceu no nosso futebol nos últimos anos. Mas a queda do Corinthians foi a brecha que o sistema queria para tentar a volta das tais disputas por mata-mata, como se toda a essência da nossa paixão pelo futebol fosse originária disto.

A Globo já se manifestou oficialmente favorável à volta do antigo sistema, e como seu poder no meio é maior do que deveria ser, não ficaria surpreso se o clã Marinho tivesse sua vontade atendida.

Eu já fui um defensor dos mata-mata, mas meu bom senso me obriga a pensar diferente. Sem mais firulas, vou direto aos motivos que me fizeram mudar de idéia.

Motivo 1: Justiça
Não resta a menor dúvida de que o melhor clube de um campeonato é corretamente definido ao longo de 38 rodadas por pontos corridos do que após apenas 19 seguidas de confrontos de mata-mata. Para o principal campeonato de um país, que além de ser a base de todo o futebol nacional serve para classificar seus times para torneios continentais, o quesito "justiça" é imprescindível. Não se pode mandar para uma Libertadores times que tenham se classificado em um campeonato definido na imprevisibilidade dos play-offs. Todo o continente europeu, reduto do mais fino futebol praticado no mundo, não pode estar errado.
Aproveito aqui para fazer uma pequena digressão sobre o assunto. Quando se fala sobre play-offs a comparação com os esportes norte-americanos é inevitável. Afinal, ninguém no mundo transforma esporte em show como fazem os americanos. Temporadas coordenadas e intercaladas, organização voltada para o entretenimento e milhões de dólares investidos fazem do esporte norte-americano um mundo à parte. Muito disso se deve à cultura dos play-offs, quando as emoções são catalisadas, jogos se decidem nos últimos minutos e atletas se transformam em mitos. Não nego que páro para ver as finais do futebol americano, basquete e até do beisebol.
Parece até que estou me contradizendo, mas não é verdade. Práticas dos EUA podem e devem ser copiadas, mas quanto ao sistema de mata-mata há um grande porém: a natureza de cada esporte. Quem joga melhor uma partida de algum dos esportes americanos se torna o vencedor; se a peleja é decidida nos últimos segundos, ou em algum lance isolado de genialidade/infelicidade, é porque a disputa foi tão acirrada que qualquer dos lados que cometesse esse lance mereceria ser o vencedor/perdedor. E mesmo assim, com exceção do futebol americano, as disputas são decididas em melhor de 5 ou 7 partidas, para não deixar dúvidas sobre quem é o melhor.
No futebol, isso é bem diferente. Nem sempre - e não raramente - aquele que joga melhor uma partida termina com a vitória. Não é justo que o bom trabalho de um ano inteiro seja prejudicado por apenas alguns segundos. E é impensável em fazer um mata-mata em uma melhor de 7 jogos no futebol. Infelizmente, a fórmula que privilegia a emoção não se ajusta à justiça necessária aos campeonatos nacionais.

Motivo 2: Organização do futebol brasileiro
O São Paulo tem reconhecidamente a melhor organização do futebol brasileiro. Dos cinco campeonatos por pontos corridos, o Tricolor paulista terminou duas vezes em 3o e duas vezes com o título (até com certa facilidade). Seu modelo de gestão do futebol deve servir de exemplo para os demais clubes do Brasil, e não ser a exceção. No curto prazo é difícil, mas é a única saída para o nosso futebol se quisermos fazer a menor oposição que seja ao poderio europeu. Ou nos organizamos ou morreremos.
O campeonato por pontos corridos força os clubes a fazerem o tal planejamento, reorganizarem as finanças, reter craques, etc, etc. É tão chato quanto óbvio repetir esses pontos; e tão necessário como urgente que essas mudançs ocorram. Não só na Série A como na Série B, e só a fórmula por pontos corridos pode proporcionar tal "revolução". Para o bem do futebol brasileiro.

Motivo 3: Motivos 1 e 2
Desculpem-me os românticos, mas qualquer motivo alegado por eles - emoção, graça, tradição - tem que ficar em segundo plano em virtude dos meus dois primeiros motivos. Apesar deste ser um assunto polêmico, sou da posição que as razões para se perpetuar o método dos pontos corridos são poucas mas de incomparável relevância. Se eu gosto de mata-mata? Adoro. Se acho válida a diferenciação de bons jogadores dos grandes jogadores, de decisão? Claro. Mas esses adereços devem se restringir aos torneios de internacionais e de Seleções, pois nestes já se parte do pressuposto que apenas os melhores os disputam - justamente por terem vencido em campeonatos por pontos corridos.
É também uma mentira sem tamanho dizer que os pontos corridos privam o torcedor da emoção da disputa. Os momentos de catarse de uma final até podem ser atenuados, mas distribuídos ao longo de 38 rodadas fazem com que todo o campeonato seja importante, e salvo exceções (como a edição de 2007) emocionante para a maioria dos times até a última rodada.

Se inteligência e bom senso norteassem o esporte brasileiro estaria tranquilo, pois o futuro dos pontos corridos estaria assegurado. Mas como sabemos que a afirmativa não é verdadeira, esse futuro é nebuloso. Quem acabará decidindo será um grupo formado por dirigentes incompetentes, que buscam a mediocridades geral para que o baixo nível os propicie alguma chance de sucesso; uma empresa de mídia que detém o monopólio das transmissões futebolísticas do Brasil, e que pela própria natureza capitalista só pode pensar nos seus próprios balanços positivos; e por uma confederação que não dá a mínima para o esporte que controla.

Resta a nós, torcedores, apenas torcer.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Dúvida cruel

O Corinthians contratou cinco jogadores do Bragantino e caiu para a Série B.

O Bragantino, sem esses cinco jogadores, ganhou a Série C e também foi para a B.

A pergunta que fica é: quem fez pior negócio? O Corinthians? Ou Felipe, Zelão, Cadu, Moradei, e Everton Santos?


38 rodadas depois...

Um dos primeiros textos que escrevi neste blog foi uma projeção de cada um dos times para o Brasileirão 2007, logo após a primeira rodada. Nada mais justo que, ao término do campeonato, comparar as previsões com o realizado (em itálico o texto original, em negrito o escrito hoje):


América-RN: não conheço o time, mas pelo que vêm mostrando os times do Nordeste vai brigar para não cair. - sem surpresa. O pior time da história dos pontos corridos.


Atlético-MG: o menor dos "grandes" vem embalado pelo título mineiro e espera repetir o feito do Grêmio ano passado, mas não acredito que um time com Coelho como titular possa ir longe. Não deve passar susto, mas não dá pra esperar muito. - novo acerto, e até que a vaga para a Sul-Americana ficou de bom tamanho para o Galo.


Atlético-PR: o maior dos "pequenos" tem um time razoável e conta com um bom trabalho de bastidores. Com grande força quando joga em casa, deve acabar entre os dez primeiros. - a 12a colocação ficou aquém das expectativas para o Furacão, que foi atrapalhado por negociações e contusões fora de hora.


Botafogo: os trabalhos do Bebeto e do Cuca são exemplares, e depois de muito tempo o Fogão começa o Brasileiro sem temer o rebaixamento. O clube ainda não está de pé e o time é apenas arrumado, mas se embalar pode surpreender e ser o melhor dos cariocas. - até embalou, mas a Tragédia de Nunez botou por terra toda a reestruturação. Prova viva de que, pior do que azar ou más arbitragens, descontrole e despreparo são imperdoáveis no futebol. Começará 2008 do zero, mais uma vez.


Corinthians: sem perspectivas de melhora no curto prazo. Tem que assumir a posição atual que ocupa e lutar antes de mais nada para não cair, senão terá problemas. - cumpriu à risca o planejamento e disputará a Série B em 2008. Fica a pergunta para os corintianos (e demais torcidas do Brasil): títulos a qualquer custo valem a pena? A Fiel paga o doloroso e merecido preço dos últimos anos.

Cruzeiro: a falta de um rival local à altura nos últimos anos baixou a guarda da Raposa, que perdeu o embalo de 2003. Perdeu também a competência de Paulo Autuori, e não deve conseguir grandes resultados esse ano. Mas está na Sul-Americana. - surpreendeu por ser o time que chegou mais perto de estragar a festa do São Paulo; decepcionou ao despencar na tabela e deixar escapar o título; e deu uma alegria inesperada a sua torcida com a vaga na Libertadores. Se a 'Perrella & Perrella S/A' deixar, pode ter um bom 2008.


Figueirense: incógnita. O bom time de 2006 foi desmontado e o resultado foi a má campanha no Catarinense, que se repetirá no Brasileiro caso um novo time não seja montado. - mero coadjuvante.


Flamengo: outro que ressurgiu. Ainda não pode ser considerado um favorito ao título e não consigo ver o Ney Franco como um grande treinador, mas deve brigar por uma vaga na Libertadores e ter Renato Augusto como uma das revelaçôes do ano. - Ney Franco realmente não se firmou, Renato Augusto não brilhou mas o Mengão foi o melhor do Rio. Com direito a show da torcida, o Flamengo voltou a figurar entre os times mais fortes do Brasil, depois de anos no ostracismo nas posições mais baixas na tabela.


Fluminense: tem como grande trunfo o Renato Gaúcho, um técnico que como poucos se adaptou ao jeito carioca de ser. Porém, contratou mal e ainda sofre com a má gestão da parceria com a Unimed. Só passa o sufoco do ano passado se quiser, mas deve pegar tranquilo uma Sul-Americana. - não precisou disputar a vaga na Sul-Americana pois ganhou a Copa do Brasil. E talvez até por ter essa tranquilidade fez um grande campeonato. Boa surpresa do ano, mas Libertadores é outra história. Mais uma vez, parabéns ao Renato.


Goiás: outro time periférico que costuma armar times competitivos. Pelo menos tem jogadores de nome, mas vai depender de um bom começo. - o sufoco da última rodada vai ficar um bom tempo na memória dos esmeraldinos. Tinha time para não passar por isso, mas alguma coisa deve ter acontecido.


Grêmio: joga mais com a mística gremista do que com técnica, mas deve de novo brigar por uma vaga na Libertadores. A saída do Lucas enfraqueceu consideravelmente o time. - até brigou pela vaga, mas ainda com menos brilho. A reestruturação continua muito bem, e 2007 pode ser considerado um bom ano para o Tricolor.


Internacional: é difícil pensar que um time que venceu o Barcelona seja ruim, mas definitivamente o Colorado não atravessa uma boa fase. Mas assim que o Gallo arrumar a casa entra forte na briga pelo título. - nem Gallo nem Abelão conseguiram arrumar a casa, já que a ressaca do Japão durou o ano todo. A sétima colocação no Gaúcho, a eliminação na primeira fase da Libertadores e a mera figuração no Brasileiro deixam o Colorado com o título de 'Decepção de 2007'. Mas vem muito forte em 2008, podendo fazer um duelo histórico com o Grêmio na Copa do Brasil e sendo favorito a tudo o que disputar.

Juventude: um dos melhores aproveitamentos em casa entre todos os times, aliado a um desempenho mediano fora faz com que a história se repita todo ano. Não cai, mas não faz nada de especial. - não repetiu o bom desempenho em Caxias que sempre marcou as campanhas do time, e por isso vão tentar lembrar os bons tempos na Série B.


Náutico: mostrou na Copa do Brasil que sabe jogar, mas ainda assim deve ficar lá embaixo. O técnico também não ajuda. - o técnico realmente não ajudava, e assim que o trocaram o Timbu entrou nos trilhos e teve grande recuperação no 2o turno.


Palmeiras: a inter-temporada fez bem ao time, e se os jogadores entenderem e cumprirem o planejamento traçado pelo competente Caio Jr., pode fazer um bom campeonato. Fica no bolo intermediário. Bons resultados devem demorar ainda alguns anos para aparecer. - foi melhor do que eu esperava, mas a última rodada acabou apagando o bom campeonato (em termos) que este Palmeiras fez. Ainda acho que o Verdão demora uns anos para ser favorito.


Paraná Clube: não vai de novo à Libertadores, mas tem um time bem montado e deve ficar no bloco intermediário. - errei feio. Outra vítima do "novo modelo de gestão" do futebol brasileiro. O Coxa representará muito melhor o Estado na Série A.


Santos: depende totalmente de até onde for na Libertadores e do que acontecer em junho. Não tem time reserva para garantir bons resultados, e perdendo Zé Roberto o melhor time do Brasil torna-se apenas um bom time. Se começasse e terminasse inteiro o campeonato, seria o grande favorito. - foi até a semi-final da Libertadores, ficou na zona de rebaixamento no Brasileiro e quando acordou já era tarde para brigar pelo título. Mas o vice-campeonato me deu razão.


São Paulo: o atual campeão começou mal o ano, apesar de ter incontestavelmente o melhor elenco do país. Porém, é preciso que além de ter um time definido, sejam usadas as melhores peças. Isto feito, é um dos favoritos. - aquilo foi feito, e mesmo sem ter um time fora de série o Tricolor ganhou um dos campeonatos mais fáceis da história. Já é um dos favoritos para tudo que disputar em 2008.


Sport: trocas de técnico sempre prejudicam, mas se tivesse que apontar um time do Nordeste para permanecer na Série A, seria o Sport. - dito e feito.


Vasco: gol mil que não sai, troca de técnico, presidente preso. As coisas não andam bem em São Januário e terão reflexo no Brasileirão. Aposto como será o pior dos cariocas, mas falar em rebaixamento acho exagerado. - e, realmente, foi o pior time do Rio. Para a Diretoria que tem, justíssimo.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Acordado de madrugada

Cada vez mais, parece que Ricardinho vai mesmo assistir às Olimpíadas de Pequim pela TV.

Final estranho

Os três primeiro colocados do Campeonato Brasileiro perderam seus jogos de despedida.

Cruzeirenses torceram e comemoraram feito loucos a vitória do Galo.

Colorados e tricolores se uniram por um objetivo comum.

O Palmeiras perdeu uma classificação fácil para a Libertadores, jogando em casa.

Mas, no fim das contas, nem deu muita bola.

Caiu

Errei meus palpites. O Paraná realmente perdeu, mas o Goiás venceu e o empate do Corinthians não foi suficiente.

O segundo clube mais popular do Brasil está na Segunda Divisão.

A queda, na verdade, não foi decidida hoje, em Porto Alegre, nem quarta-feira no Pacaembu. Esse caminho começou a ser traçado três anos atrás, com o acordo com a tal MSI, que culminou com o catastrófico campeonato de 2007. Desde o início o Corinthians era candidatíssimo ao rebaixamento, e só o mais cego torcedor se iludiu com os bons resultados da primeira rodada. Tivesse o problema sido encarado de frente, talvez o resultado fosse diferente. Mas o clube já tinha outros - e mais graves - problemas.

O Corinthians não foi o primeiro "grande" a cair, e com certeza não será o último. Em todos os casos anteriores, quem caiu teve a chance de se reestruturar e voltar mais forte. Porém, a sua situação corintiana é a mais complicada de todos os outros. Ele vai para a Série B em frangalhos, sem tranquilidade, sem time, sem dinheiro.

E, pela atual Diretoria, sem perspectiva.

Enquete

Quem á mais amarelo: a Seleção Feminina de Vôlei, Daiane dos Santos ou Paulo Baier?

Páreo duro.