segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Frase da semana

"Eu tenho estrela para decidir" - Diego Tardelli.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Seriedade carioca

Paulista tem mania de meter o pau em carioca (a recíproca também é verdadeira). Basta uma notícia de arrastão, bala perdida ou briga em baile funk pra começar a jogar pedra na casa do vizinho - como se o nosso telhado não fosse de vidro.

No futebol, a conversa não é diferente. O futebol carioca é uma piada, enquanto o paulista conta com a força dos times do interior.

Concordo com os dois lados.

O futebol carioca é mais fraco e mais "festivo", enquanto o paulista é mais forte e "sério". Mas a diferença pode não ser tão grande assim.

Esse assunto vai longe, e a minha intenção agora não é essa (estou com os minutos contados nesta tarde de sábado). Só levantei a bola por causa de um assunto.

O Edmundo ficou os últimos dois anos no Palmeiras, e mesmo não sendo um exemplo de conduta, conseguiu se manter nos trilhos para o "padrão Animal". E em apenas uma semana e um jogo no Vasco, conseguiu demitir um preparador físico, brigar com o técnico e abandonar o treino - fora o pênalti perdido.

Se o futebol - e a própria sociedade - paulista é mais sério que o carioca, eu não tenho certeza.

Mas, com certeza, é diferente.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pára, Gordo!

Ronaldo superou o trauma da convulsão de 98.

Depois, Ronaldo superou uma séria lesão no joelho. E, após isso, superou outra séria lesão, no mesmo joelho.

Protagonizou um enredo de dramalhão hollywoodiano, ao contrariar todas as expectativas negativas sobre sua possível volta em alto nível. Os dois gols em Oliver Kahn, no Japão, derramariam lágrimas de emoção nos cinemas. Mas a final da Copa de 2002 foi a mais pura realidade.

Um prêmio para um cara foda.

Não sou fã incondicional do Gordo (apelido com uma conotação verdadeiramente carinhosa), por motivos um tanto polêmicos - e discutíveis - que não cabem neste momento. Mas só um ignorante futebolístico não o colocaria entre os maiores jogadores do mundo nas últimas décadas. Ninguém é o maior atilheiro das histórias das Copas de graça.

Justamente pelo nome que ele tem, pelas lições que ele deu e por tudo aquilo que ele conquistou, Ronaldo não precisa mais provar nada, muito menos que pode superar outra grave lesão no joelho - desta vez, com certeza, a mais crítica de todas. Meses de tortura na sala de fisioterapia não são mais necessários.

Assim como Guga, espero que o Ronaldo tenha amor próprio e reconheça a hora de parar. Pois, também como Guga, nada vai apagar o que ele já fez.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Quem?

Na semana passada, o mundo inteiro assistiu às homenagens que o Manchester United fez ao 50o aniversário do acidente aéreo em Munique, vitimando oito atletas de um de seus melhores times de toda a história. Cinco décadas não foram suficientes para apagar a importância daqueles jogadores para o time inglês e para o futebol inglês como um todo.

Pouco antes do Carnaval, completamos 25 anos sem Mané Garrincha. Na opinião da maioria, o maior jogador brasileiro depois de Pelé. Sem muito alarde, nem homenagens. Apenas uma vaga lembrança.

No momento, está em quadra Gustavo Kuerten, no início de sua "turnê" de despedida.

Será que daqui 30 anos daremos a devida importância a nosso maior tenista ou estará ele relegado, assim como Maria Ester Bueno, à memória apenas dos mais aficionados pelo esporte?

Frase do ano

"Hoje começa a fase de grupos da Taça Libertadores, passagem obrigatória para todos os times que querem ser campeões mundiais." - Fátima Bernardes, no Jornal Nacional.

A simpática jornalista não cometeu nenhum erro ou gafe em seu comentário; ao contrário, constatou o óbvio.

Obviedade que insiste em ser esquecida por uma parte da torcida paulistana.

O meu problema no fim de semana

Fui ao clássico São Paulo x Santos, no domingo. Ou melhor, tentei ir, pois não consegui comprar ingresso. Todas as bilheterias estavam fechadas, inclusive a do Sócio Torcedor, de cujo programa sou associado. Tive que me contentar em assistir ao jogo no pay-per-view mesmo.

Revoltado, escrevi um email e encaminhei para diversos jornalistas, para que tivessem ciência e divulgassem o fato. Abaixo, o email:

"Meu nome é Fabio Pimentel, tenho 29 anos e sou são-paulino. Escrevo esse email para expressar a minha revolta com o ocorrido ontem no jogo São Paulo x Santos, e dar mais um exemplo de como é tratado o torcedor de futebol no Brasil.

Ontem fui ao Morumbi para ver o clássico contra o Santos, juntamente com dois amigos. Um deles já havia comprado ingresso no sábado, mas como eu e meu outro amigo somos Sócio Torcedores, não nos preocupamos em comprá-lo antecipadamente. Afinal, temos à disposição uma bilheteria exclusiva para tal.

Ao chegar à tal bilheteria, para nossa surpresa, fomos informados de que não havia mais ingressos à venda, para nenhum setor. Ao mostrar minha indignação – afinal, esse é um serviço pelo qual pago mais de R$ 200 anualmente – tive como resposta o seguinte comentário do “prestativo” funcionário do guichê: “Reclame com o São Paulo na 2ª feira.” Só isso. Não havia nenhum funcionário do clube ou do programa Sócio Torcedor presente, e tive que me conformar – se é que me conformei – em me dirigir à bilheteria normal, para comprar um ingresso pelo preço normal, sendo que como Sócio Torcedor tenho direito à meia-entrada.

Mas a bilheteria normal também estava fechada. Por algum motivo, mesmo com menos de 20 mil ingressos vendidos, não era mais possível comprar ingressos para o clássico.

E os cambistas faziam a festa, vendendo a R$ 40 um ingresso que custava R$ 20.

Não tivemos escolha a não ser vender o ingresso do meu amigo que já havia comprado (para um cambista) e ir para a casa do segundo amigo, que assina pay-per-view, e assistimos o jogo pela televisão.

Não sei porque não havia ingressos à venda, e nem quero saber.

A minha revolta é só uma: eu pago para ter um serviço diferenciado de compra de ingressos. Pago para poder me ver livre da corja de cambistas que invadiu o mundo do futebol. Pago para poder chegar no estádio no dia do jogo e comprar em paz meu ingresso. E hoje tive esse meu direito privado, e minha indignação respondida com um baixo “Reclame com o São Paulo na 2ª feira.” O Programa Sócio Torcedor nem ao menos enviou um comunicado avisando sobre o possível novo horário das bilheterias, uma total falta de respeito com seus torcedores – e, porque não, clientes.

O jogo não é 2ª feira, era domingo. Eu não vi o jogo, e nenhuma reclamação na 2ª feira vai mudar isso.

A conclusão resumida da história é: três fanáticos torcedores de um time de futebol vão ao estádio, não conseguem comprar ingressos em um jogo que teve casa vazia, são mal tratados e têm de voltar para casa e assistir o jogo pela televisão. Além de, sem opção, contribuírem para a “indústria” do cambismo.

É assim que o dito “mais organizado clube do Brasil” trata seus torcedores. O que se prova que no futebol brasileiro, até os melhores são ainda muito ruins."


Pois bem. Passados dois dias e depois de quase ser colocado ao vivo em uma rádio de São Paulo para falar sobre o assunto, recebi o seguinte email de Rogê David, do programa Sócio Torcedor:

"O Sombra, que é meu amigo particular, me encaminhou seu email.
Como responsável pelo Sócio torcedor, estou te respondendo.
Os ingressos em jogos clássicos não são vendidos no estádio após o meio dia do dia da partida por ordem da Policia Militar e não do São Paulo.
A divulgação foi feita por toda a mídia - jornais e rádios assim como em todos os sites esportivos, além é claro, do nosso site oficial.
Quanto ao funcionário que deu a resposta atravessada, estarei encaminhando a reclamação ao responsavel pelas bilheterias, pois isso é inadmissivel. Tomarei as medidas."


Com isso, a raiva deu lugar à satisfação. Erros são comuns na prestação de serviços, e a grande diferença está na resolução dos mesmos. Uma resposta educada e objetiva é a primeira parte; a segunda, a efetiva correção do problema.

Agora, só um ponto com relação à determinação da PM: se essa medida for efetiva para reduzir a violência nos estádios, acho ótimo. Mas a minha opinião é que a ordem de não vender ingressos após as 12:00 em dias de clássico não pode ser absoluta, mas ponderada jogo a jogo. Menos de 20 mil torcedores compareceram ao Morumbi, público pequeno para tal jogo, e se as bilheterias estivessem em funcionamento não só não teríamos problemas, mas o próprio público do jogo seria maior.

Aproveito meu humilde espaço para agradecer às pessoas que participaram deste episódio: Flávio Gomes, da ESPN Brasil; Sérgio Patrick, da Rádio Bandeirantes; Sombra, do Estádio 97; Rogê David, do Programa Sócio Torcedor; e meu amigo Dante, que além de estar comigo no domingo me proporcionou alguns segundos de notoriedade nas ondas do rádio paulistano.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Frase do dia

"Souza com a 10... tá bem o Paris Saint-Germain?" - João Carlos Albuquerque, no Bate-Bola 1a edição da ESPN Brasil, pensando o mesmo que boa parte dos são-paulinos.