quinta-feira, 27 de março de 2008

Por quê?

O Boca estava em situação delicadíssima na Libertadores.

Perdendo em casa, com um menos. Se a derrota se consumasse, seria a 2a do time na fase de grupos, o que colocaria em sério risco sua classificação.

Mas o Boca virou, e fez 4. Mesmo com um a menos, e sem Riquelme, machucado.

Não tão épico como aquele River x Botafogo do ano passado, mas tão grande quanto. E, possivelmente, mais importante.

Por que os times argentinos conseguem feitos como esses, enquanto os brasileiros sempre reclamam da 'pressão' e da 'catimba'?

Por que os times argentinos conseguem segurar por tanto tempo jogadores talentosos como o Palacio, enquanto vendemos nossos Patos antes da maioridade?

Por que os jogadores argentinos mostram uma fidelidade a seus clubes muito maior que os brasileiros, mesmo que lá, existam apenas uns 3 ou 4 times grandes, enquanto aqui, pelo menos para o público em geral, tenhamos 12?

Por que os estádios lá estão sempre cheios, enquanto por aqui os torcedores ficam cada vez mais em casa?

Quem, afinal, deu um calote no mundo e 'quebrou' pouco mais de 5 anos atrás?

Quem é, afinal, pentacampeão mundial?

segunda-feira, 24 de março de 2008

Terceira camisa

Acho sensacional a idéia da terceira camisa. O Flamengo não foi o primeiro a fazê-lo, mas com certeza fez uma das mais bonitas.

Pois essa terceira camisa não precisa necessariamente ser de cores que não tenham relação com as originais do clube para ser um objeto que atraia o interesse do torcedor. Nada contra quem escolhe um tom diverso, o Santos optou pelo azul e também acabou com uma bela peça.

Só uma coisa eu não concordo: essa camisa não é para ser usada em jogos normais, sejam clássicos ou contra times menores. É muito estranho assistir um Palmeiras x Corinthians com um dos times vestidos de verde-limão (imaginem então de roxo???) ou ver o Flamengo estrear a sua contra o Madureira na Taça Rio.

Terceira camisa é para ser usada em jogos comemorativos, datas festivas ou em torneios específicos. A graça está justamente no fato desta camisa não ser um objeto do dia-a-dia. O Cruzeiro utiliza a sua apenas em jogos da Libertadores, por exemplo - uma camisa horrorosa, por sinal, contrastando com e linda azul celeste.

Ou, inclusive, para não ser usada. A camisa laranja do Fluminense foi, por anos - talvez ainda seja - a camisa mais vendida do clube. Sem nunca ter sido usada pelo time em um jogo sequer.

segunda-feira, 17 de março de 2008

O choro

O jogo não foi ruim, dadas as condições do brejo. Ops, gramado.

O São Paulo não jogou mal - aliás, na minha opinião, foi a melhor atuação do time no ano, inclusive do "Imperador" - e não merecia mesmo ter sofrido a goleada.

Pior do que tomar quatro gols num clássico é ser obrigado a ouvir as declarações dos tais "melhores dirigentes do futebol brasileiro". Pra variar, sobrou pra arbitragem. Sinceramente, não sei como alguém que entende o mínimo de futebol consegue ver alguma dúvida em algum dos pênaltis marcados a favor do Palmeiras. Se o árbitro errou, o fez em dois lances: em não expulsar o Kléber - esse sim, um lance que poderia ter mudado a história da partida - e o Richarlysson, depois de seu bisonho pênalti.

Mas os tais "melhores dirigentes do futebol brasileiro" vêem um complô contra o Tricolor e se esquecem que o São Paulo tem sido o time mais poupado nos últimos anos das lambanças da arbitragem brasileira. E a cada nova derrota do time fazem seus ridículos protestos, vetam árbitros, se acham os injustiçados e choram (não pelo mesmo motivo do Valdívia).

Com isso, acabam descendo do pedestal e se colocando lado a lado com os demais dirigentes do futebol brasileiro. Os tais "amadores".

Não, Marco Aurélio, a culpa não foi do árbitro. Ele não tem culpa que a soberba tomou conta do Morumbi nos últimos anos; não tem culpa que, em 2008, o São Paulo contratou pouco, mal e abusou do risco; não tem culpa que o Muricy, mesmo sendo um ótimo técnico, demora mais de um semestre para montar um time de futebol - mesmo com um bom elenco; e também não tem culpa que a Diretoria do São Paulo resolveu vender o Kléber por meros U$ 2 milhões para o Dínamo de Kiev, algunos anos atrás.

O vexame duplo do primeiro semestre de 2007 tem tudo para se repetir em 2008.

Já do outro lado do muro, tudo é festa. O Marcão se recupera bem das contusões. O Luxemburgo mostra de novo que, com grana e craques, ele é um dos melhores técnicos do Brasil. Até o Denílson conseguiu "ir à forra" contra seu ex-clube (como se ele tivesse culpa pelo fato do jogador não ser ídolo de ninguém).

E o conglomerado Palmeiras/Traffic/WL Inc. ruma ao seu 1o título.

Já a Sociedade Esportiva Palmeiras continua na fila, desde 1976.

segunda-feira, 3 de março de 2008

O número da besta

1840, Rua Turiassú. Esse é o número da besta.

Da besta que, depois de ter fechado o Parque Antártica por três meses para a reforma do gramado, agendou um show do Iron Maiden para o local apenas uma semana depois da reinauguração (e boatos dizem que no próximo fim de semana será a vez de alguma banda de pagode ou axé).

Como eu não sou palmeirense e não dou a mínima, pude pular com vontade no gramado coberto, voltando a ter, por pelo menos duas horas, 15 anos de idade.