domingo, 29 de junho de 2008

Estocolmo, Suécia, 29/06/1958 - Brasil 5 x 2 Suécia




“Na Hungria, caíam fuzilados Imre Nagy e outros rebeldes de 56, que tinham querido democracia em vez de burocracia, e no Haiti morriam os rebeldes que tinham se lançado contra o palácio onde Papa Doc Duvalier reinava rodeado de feiticeiros e verdugos. João XXIII, João o Bom, era o novo Papa de Roma, o príncipe Charles era sacramentado como futuro rei da Inglaterra. Barbie era a nova rainha das bonecas. João Havelange conquistava a coroa brasileira no negócio do futebol, enquanto na arte do futebol um rapaz de dezessete anos chamado Pelé, consagrava-se rei do mundo.”Eduardo Galeano, Futebol ao Sol e à Sombra

Em Mianmar, outrora Birmânia, milhares morrem afogados e de doenças por culpa da natureza e de uma ditadura escrota e inconseqüente, e bem perto dali, outra ditadura comemora 20 anos de um massacre de estudantes com os Jogos Olímpicos. Roma ainda tem sua influência, mas Meca se insurge contra os infiéis. Diana já morreu, mas eis que aparece Carla Bruni. As meninas não brincam mais de boneca, mas sabem a ‘Dança do Créu’ de cor. João Havelange deixou de lado a coroa brasileira e mundial no negócio do futebol, mas não sem antes encher bem os bolsos e deixar um “herdeiro”. Pelé, mesmo com sua desastrosa vida pessoal, continua sendo o Rei do Futebol, cargo cada vez mais fadado à vacância eterna. E a Seleção Brasileira, que em 1958 teve Nilton Santos, Didi, Pelé e Garrincha jogando juntos, hoje é escalada com cinco volantes – quatro em campo e um de técnico .

Do 4-2-4, JK e KGB ao 3-6-1, PT e Al-Qaeda, o mundo mudou bastante em alguns aspectos; em outros, continua quase igual.

O que não muda é a grandiosidade do feito de 1958.

sábado, 28 de junho de 2008

Complexo de vira-latas

por Nelson Rodrigues

"Hoje vou fazer do escrete o meu numeroso personagem da semana. Os jogadores já partiram e o Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética. Nas esquinas, nos botecos, por toda parte, há quem esbraveje: - "O Brasil não vai nem se classificar!". E, aqui, eu pergunto: - não será esta atitude negativa o disfarce de um otimismo inconfesso e envergonhado?

Eis a verdade, amigos: - desde 50 que o nosso futebol tem pudor de acreditar em si mesmo. A derrota frente aos uruguaios, na última batalha, ainda faz sofrer, na cara e na alma, qualquer brasileiro. Foi uma humilhação nacional que nada, absolutamente nada, pode curar. Dizem que tudo passa, mas eu vos digo: menos a dor-de-cotovelo que nos ficou dos 2 x 1. E custa crer que um escore tão pequeno possa causar uma dor tão grande. O tempo em vão sobre a derrota. Dir-se-ia que foi ontem, e não há oito anos, que, aos berros, Obdulio arrancou, de nós, o título. Eu disse "arrancou" como poderia dizer: - "extraiu" de nós o título como se fosse um dente.

E, hoje, se negamos o escrete de 58, não tenhamos dúvidas: - é ainda a frustração de 50 que funciona. Gostaríamos talvez de acreditar na seleção. Mas o que nos trava é o seguinte: - o pânico de uma nova e irremediável desilusão. E guardamos, para nós mesmos, qualquer esperança. Só imagino uma coisa: - se o Brasil vence na Suécia, e volta campeão do mundo! Ah, a fé que escondemos, a fé que negamos, rebentaria todas as comportas e 60 milhões de brasileiros iam acabar no hospício.

Mas vejamos: - o escrete brasileiro tem, realmente, possibilidades concretas? Eu poderia responder, simplesmente, "não". Mas eis a verdade: - eu acredito no brasileiro, e pior do que isso: - sou de um patriotismo inatual e agressivo, digno de um granadeiro bigodudo. Tenho visto jogadores de outros países, inclusive os ex-fabulosos húngaros, que apanharam, aqui, do aspirante-enxertado Flamengo. Pois bem: - não vi ninguém que se comparasse aos nossos. Fala-se num Puskas. Eu contra-argumento com um Ademir, um Didi, um Leônidas, um Jair, um Zizinho.

A pura, a santa verdade é a seguinte: - qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em estado de graça, é algo de único em matéria de fantasia, de improvisação, de invenção. Em suma: - temos dons em excesso. E só uma coisa nos atrapalha e, por vezes, invalida as nossas qualidades. Quero aludir ao que eu poderia chamar de "complexo de vira-latas". Estou a imaginar o espanto do leitor: - "O que vem a ser isso?". Eu explico.

Por "complexo de vira-latas" entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos "os maiores" é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que perdemos? Porque, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo. Na já citada vergonha de 50, éramos superiores aos adversários. Além disso, levávamos a vantagem do empate. Pois bem: - e perdemos da maneira mais abjeta. Por um motivo muito simples: - porque Obdulio nos tratou a pontapés, como se vira-latas fôssemos.

Eu vos digo: - o problema do escrete não é mais de futebol, nem de técnica, nem de tática. Absolutamente. É um problema de fé em si mesmo. O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas e que tem futebol para dar e vender, lá na Suécia. Uma vez que se convença disso, ponham-no para correr em campo e ele precisará de dez para segurar, como o chinês da anedota. Insisto: - para o escrete, ser ou não ser vira-latas, eis a questão."

Publicado originalmente na Revista Manchete Esportiva, em 31/05/1958

terça-feira, 24 de junho de 2008

Vasco da Gama, D.E.

Eurico Miranda caiu. Ou caíram com ele. Ou talvez ainda não tenha caído de verdade.

O fato é que ele não será mais o Presidente do Vasco da Gama. Ótima notícia tanto para vascaínos como para o futebol brasileiro.

Algumas vozes clamam pelo resgate da dignidade do clube, após décadas de domínio deste se Eurico, como se tudo de podre e corrupto que rondou São Januário nas últimas décadas fosse culpa, direta e exclusiva, do seboso dirigente.

Será? Me permito a dúvida, pois é fato que:

1) Ninguém fica no poder tanto tempo sem contar com significativo apoio de seus pares;

2) Ninguém é eleito "Deputado do Vasco" sem contar com alguns milhares de votos de vascaínos;

3) Não me lembro de nenhum vascaíno denunciar a "aventura olímpica" protagonizada pelo clube no final dos anos 90, que serviu apenas para inflar o ego e encher os bolsos de Eurico;

4) Também não me lembro de um vascaíno sequer expressar vergonha pelas atitudes de seu dirigente máximo, enquanto dentro de campo o time conquistava títulos importantes.

Essa é máxima do futebol na terra do jeitinho: não importa como, o que importa é ser campeão.

É curioso que as vozes contra Eurico Miranda se façam ouvir justamente quando a força tanto dele como do próprio Vasco, no cenário do futebol brasileiro, estejam em franca decadência.

Para mim, é impossível separar do dia para a noite a imagem do Vasco da de Eurico, pois sempre que a Cruz de Malta me vem à cabeça, traz junto a imagem grotesca do dirigente, ao melhor estilo Jabba the Hut. Torço de verdade para que Dinamite e seu grupo consigam trazer a tal dignidade ao Vasco. Mas, para que essa dignidade também me transmita simpatia, talvez leve alguns anos.

sábado, 21 de junho de 2008

Cidade do México, México, 21/06/1970 - Brasil 4 x 1 Itália

Com a palavra, os inventores do jogo:

“No campo da cultura popular, o mundo era americano ou provinciano. Com uma exceção, nenhum outro modelo nacional ou regional se estabeleceu globalmente... A única exceção foi o esporte. Nesse setor de cultura popular – e quem, tendo visto a seleção brasileira em seus dias de glória, negará sua pretensão à sua condição de arte? – a influência americana permaneceu restrita à área de dominação política de Washington.”Eric Hobsbawm, Era dos Extremos

“De certa forma, o Brasil estragou a festa de todos nós. Aquele time revelou uma espécie de ideal platônico que ninguém, nem os próprios brasileiros, seria capaz de atingir novamente; Pelé pendurou as chuteiras, e nas cinco Copas subseqüentes eles só mostraram pequenos lampejos daquele futebol de assento-ejetável, como se 1970 fosse um sonho semi-esquecido que um dia tiveram de si mesmos. Lá na escola, sobraram-nos as coleções de moedas da Copa do Mundo Esso e um ou outro drible vistoso para tentar imitar; mas não conseguíamos nem chegar perto, e acabamos desistindo.”
Nick Hornby, Febre de Bola

terça-feira, 17 de junho de 2008

Santiago, Chile, 17/06/1962 - Brasil 3 x 1 Checoslováquia

Junho é um mês fantástico para o futebol brasileiro.

Nele, ganhamos nossas três Copas mais bonitas.

Por isso, inicio agora uma série comemorativa de posts sobre essas três conquistas.

A Copa de 1962 parece ser, dentre as três primeiras, aquela que nos traz menos emoções. Sofre da famosa "Síndrome do Filho do Meio": não tão festejado como o primogênito, nem tão mimado quanto o caçula.

Pura injustiça.

Essa foi a Copa em que até o Chile torceu para o Brasil.

A Copa da malandragem de Nilton Santos.

A Copa de Mané Garrincha.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

As verdadeiras estrelas

Chupa

"Como ele pode deixar a suposta estrela do time fora? A estrela tem de estar na quadra."

Sabendo que a frase acima foi dita por uma jogadora da Seleção Brasileira de basquete feminino, alguém poderia pensar em Paula, Hortência, ou até Janeth.

Mas não.

(Até porque, mesmo sendo estrelas, Paula, Hortência ou Janeth nunca tiveram tal postura.)

Ela foi dita por Iziane.

Quem?

Iziane, a suposta sucessora de Janeth. Uma jogadora que ainda não fez nada - se é que um dia irá fazer - pela Seleção, é desconhecida por aqueles que não acompanham o esporte mais de perto, mas que segundo sua própria definição já é uma estrela.

O desrespeito ao técnico não é condizente com o comportamento de uma estrela - ainda mais em um momento importante como o jogo contra a Bielo-Rússia. Estrelas não se impõe por sua palavras, mas por seu jogo; não reivindicam essa condição, mas esta lhes é dada pelos demais, por suas habilidades e atitudes.

Coisas que Iziane mostrou que não tem.

O basquete feminino, mesmo com toda a falta de apoio e interesse, vai a sua quinta Olimpíada consecutiva. Ainda vemos raça e vontade nas jogadoras, coisa que falta na seleção masculina se perdeu em meio aos demandos da CBB e dólares da NBA. Atitudes como a de Iziane merecem punições exemplares como a recebida pela jogadora, para que se preserve, pelo menos no feminino, resquícios da vitoriosa história do basquete brasileiro.

Às meninas da Seleção Brasileira, parabéns.

E CHUPA Iziane. Vai ver Pequim pelo Sportv.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Frase da semana

"Foi frango, não tem o que falar" - Marcos, o goleiro mais querido do Brasil, sobre o gol tomado ontem no jogo contra o Cruzeiro.

Uma lição de humildade que poderia ser copiada por alguns colegas de trabalho.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Estupidez

Nunca soltei um rojão na minha vida.

Além de achar perigoso, não veja a menor graça.

Quando era criança, vi meu pai e um amigo da minha idade com as mãos queimadas por causa de um rojão mal feito.

Respeito quem goste, e queira comemorar a vitória do seu time acendendo um Caramuru. Talvez valha o risco.

Mas corrê-lo na derrota do time adversário já é estupidez. Além de dar ainda mais moral para o rival. A gozação é sempre válida e saudável, mas tem um limite.

Essa é a minha opinião, e vale para todas as torcidas.

Sem razão para desespero

Ninguém comemora mais a crise corintiana do ano passado do que Nelsinho Baptista.

O técnico que já foi campeão brasileiro e, no final dos anos 90, chegou a ser comparado com Wanderley Luxemburgo, se encontrava no mais completo ostracismo na segunda metade de 2007, esquecido e sob pressão na Ponte Preta. O Corinthians, que se aproximava cada vez mais do fundo do poço, resolveu chamar esse velho conhecido para salvá-lo da Série B.

Não conseguiu, e foi demitido. Porém, voltou a ter seu nome cotado entre os principais clubes do Brasil, até que o Sport o convidou. Poucos meses depois e com uma campanha épica, Nelsinho sagrou-se Campeão da Copa do Brasil com o Sport. O primeiro título da competição de um time do Nordeste. Em cima do Corinthians.

É inegável que o Sport mereceu. Além do mais, ver um time nordestino ser campeão de um torneio nacional é sempre bom - sem falar na festa, sem igual. Mas, nesse post, vou me concentrar no outro lado. Sem gozações.

O Corinthians fez mais do que o esperado. Se é verdade que seu caminho até essa final foi relativamente tranquilo, também é verdade que o clube encontrava-se há poucos meses em uma crise sem precedentes. Desnorteado pela recente queda, tudo levava a crer que o rumo demoraria a ser reencontrado. Logo após a eliminação no Campeonato Paulista, a continuidade na Copa do Brasil ficou seriamente ameaçada contra o Goiás. Daí, veio a história das uvas...

E o Corinthians cresceu. Do jeito que ele gosta. Desacreditado. Por baixo. Quatro gols relâmpagos no Morumbi e o caminho para a redenção estava traçado. A Fiel, com todos os seus defeitos, mostrou-se mais uma vez a torcida mais presente. E o tal do 'Nunca vou te abandonar', por mais piegas que seja, mostrou-se verdadeiro.

Foi quase, mas não deu. Num país atrasado e sofrido como o Brasil, em que inexplicavelmente apenas o campeão é valorizado, um vice geralmente é visto como algo vergonhoso. Nesse caso, porém, ele deve ser comemorado - ou, pelo menos, valorizado.

Dias após a queda de 2007, passado o trauma, virou quase que consenso entre os próprios corintianos que o rebaixamento era a única solução para uma virada. Coisa que concordo totalmente. Esse processo de reconstrução é e deve ser lento, gradual, para que suas bases sejam sólidas e evitem novas quedas. É inegável o fato de que voltar à Libertadores antes mesmo de garantir o retorno à Série A seria pular algumas dessas importantes etapas.

Senão, vejamos:

1) O Corinthians tem dívidas na casa dos milhões de reais;

2) O time não é bom, apenas competitivo;

3) Parte de sua Diretoria, inclusive o Presidente, ainda faz parte da quadrilha do Dualib, por mais que reneguem o passado recente.

A realidade do Corinthians é essa: um grande time que, por seus próprios erros, virou - momentâneamente - um time de Série B. Não tenho dúvida que em 2009 estará de volta à elite, e em alguns anos voltará a brigar por títulos importantes. Mas o caminho de volta não pode ser tão rápido assim. Basta ver os outros "grandes" que caíram para a Segunda Divisão e voltaram.

Ano passado, após o baile que levou na final da Libertadores, Mano Menezes falou na entrevista coletiva algo como: "O Grêmio chegou num lugar em que só deveria estar daqui alguns anos." Da classificação heróica nos Aflitos à final da Libertadores passaram-se pouco mais de um ano e meio. O Tricolor ainda não estava pronto para disputar uma final daquela importância, e o desnível com relação ao Boca ficou mais do que evidente. Mais uma prova disso é que o Grêmio não voltou à Libertadores em 2008, e sua presença em 2009 é improvável.

A mística gremista e corintiana levaram os dois times às finais em questão.

Só que uma reconstrução não se faz com mística, mas com trabalho e inteligência.

E uma boa dose de paciência.

sábado, 7 de junho de 2008

O nosso dia D

6 de junho de 1944. O dia da invasão da Normandia, que marcou o início do fim da II Guerra Mundial.

6 de junho de 2008. O dia da Derrota do Brasil de Dunga para a Venezuela.

Não sei se essa data marcará o início do fim do comando do treinador à frente da Seleção Brasileira; com certeza, não marcará o início do fim da supremacia do futebol brasileiro, pois não custa lembrar que pouco mais de um ano após sermos eliminados da Copa América por Honduras, conquistamos o Penta na Ásia.

Mas que foi uma vergonha, foi.

Nossa Seleção não vive seus melhores dias, e a Venezuela nunca viveu dias melhores.

Mas, ainda assim, era um Brasil x Venezuela.

Em outros tempos, talvez ficássemos preocupados e tristes com um a derrota histórica como essa.

Porém, nada ilustra melhor o momento atual da Seleção Brasileira, e a relação que nós torcedores temos com ela, do que a risada do careca no canto inferior esquerdo da foto.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Os critérios do COI

Trechos publicados na reportagem de hoje do Estado de S. Paulo:

"Transporte falho, falta de hospedagem, financiamento incerto e poluição também foram fatores que não ajudaram a candidatura carioca."

"... o Rio ficou atrás de Doha na classificação que considerou aspectos técnicos: segurança, financiamento e apoio do governo."

"Entre os onze critérios avaliados pelo COI, a entidade foi clara em destacar os problemas de segurança no País."

"... o crime em partes do Rio é considerado problema para a segurança das pessoas que irão aos Jogos Olímpicos."

"Em termos de capacidade de financiamento de obras, o Rio também não obteve boas notas, mesmo com as idéias do PAC e o envolvimento do setor privado."

"Em termos ambientais, a cidade também não recebeu notas favoráveis. 'Desafios permanecem em termos de qualidade do ar e da água, gestão do lixo e da terra. O Rio ainda tem altos níveis de poulição do ar', atacou o COI."

" O Rio, que propões usar cruzeiros para alojamentos, recebeu nota mínima para passar ppara a próxima fase no que se refere aos planos para acomodação e está distante de Tóquio, Chicago e Madri."

"A questão de infra-estrutura também pesou contra o Brasil."

"A proposta da Vila Olímpica também não recebeu boa avaliação."


"O COI é direto em sua crítica: o aeroporto Tom Jobim 'não seria capaz de lidar com o tráfego provocado pelos Jogos'."

"A distância entre os locais dos eventos também foi criticada."

"O COI alerta que 12 novos locais teriam de ser construídos no Rio para os Jogos e aponta a necessidade de se obter garantias financeiras para a realização das obras."

Outro ponto curioso: "Segundo uma pesquisa do COI, 77% dos cariocas apóiam o evento." E paulistas, mineiros, gaúchos, baianos, cearenses e por aí vai, que não terão os (supostos) benefícios trazidos pelos Jogos mas verão seu dinheiro ser torrado por incompetência e corrupção? Também apóiam o Rio?

E, falando nisso, encerro com um último trecho: "...o desenvolvimento da candidatura custará U$ 42 milhões - R$ 68, milhões." (grifo meu)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Do blog do Juca Kfouri

"Rio olímpico

O Rio passou pelo primeiro corte do Comitê Olímpico Internacional.

Praga, por exemplo, não passou.

Ao lado de Chicago, Madrid e Tóquio, a Cidade Maravilhosa é candidata a sediar os Jogos Olímpicos de 2016.

Deveríamos festejar a notícia, mas com essa gente que está aí, a mesma que decuplicou o orçamento do Pan-2007, devemos nos preparar porque ao passar pelo corte a candidatura brasileira vai doer em você, no seu bolso."

Faço minhas as palavras do Juca. Aliás, faço minhas a maioria das palavras dele.

E deixo uma pergunta: é aceitável torcer contra o próprio país?

Ps: a foto não foi publicada no blog dele.

Sessão nostalgia

Procurando fotos do Zico para o post anterior, encontrei essa.

Não encontrei motivos para não colocá-la aqui também.

Sonho distante e pesadelo perto

Zico "escapou".

Pelo seu próprio bem - e do futebol - não veremos o Galinho técnico de um desses times ingleses sem expressão, que só alcançaram alguma notoriedade por causa de dólares sujos e personalidades de biografias, no mínimo, contestáveis.

Feliz será o time que o tiver como técnico, assim como seremos se o próprio assumir a Seleção Brasileira na Copa de 2014.

Pois nenhum jogador, depois da Era Pelé, é tão querido no Brasil como Zico. E não penso em ninguém melhor que ele para estar à frente da nossa Seleção na nossa Copa (uma pena que, com as pessoas que estçao no comando do nosso futebol, dificilmente teremos essa oportunidade).

Só o Felipão.

Que, segundo dizem, dificilmente "escapará" de Abramovich e sua gangue.