quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O que você estará fazendo em 2104?


Eu já terei morrido; e sinto informá-lo, caro leitor, que o seu destino terá sido o mesmo.

Mas a Portuguesa não. Ela viverá, estará em alguma divisão do futebol brasileiro - e continuará pagando impostos do século XX.

O Estado de S. Paulo trouxe hoje a notícia de que a Portuguesa, um dos dez maiores devedores de IPTU da cidade de São Paulo, teve sua dívida renegociada.

Poderá pagar os R$ 13,7 milhões que deve em inacreditáveis 95 anos - ou 1140 prestações mensais de R$ 7790.

O próprio jornal lembra que o clube tem 89 anos; ou seja, terá basicamente "outra vida" para pagar o que já deveria ter sido pago - se é que, em 2104, esse parcelamento terá sido efetivamente cumprido.

Na boa, ou se cobra a dívida, ou se perdoa. Permitir que ela seja paga em quase um século é brincadeira.

Em tempo: São Paulo, Palmeiras e Corinthians devem, juntos, outros R$ 54 milhões em IPTU. Será que o Município consegue recebê-los antes de 2200?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A maldição da Libertadores


Brasileiro tem mania de grandeza; obsessão pelo maior, pelo melhor.

O maior torneio que nossos clubes de futebol podem disputar é a Libertadores, mas temos apenas cinco vagas para o torneio. Teoricamente, reservadas para os cinco melhores clubes do ano no país.

Que, por óbvio, deveriam ser definidos no torneio nacional mais importante: o Campeonato Brasileiro.

Mas é muito difícil terminar entre os cinco em um campeonato tão longo como o Brasileirão. Exige planejamento, organização, estrutura, trabalho. Coisas raras em nosso futebol.

No imaginário nacional, principalmente daqueles que vivenciaram os anos 50, 60, 70 e 80, o Brasil tem 12 clubes grandes - que, aqui nesse blog, são tratados sempre como "grandes". Pelo óbvio motivo de que esse número é ilusório, resquício de outros tempos, já findos, mas que persistem na paixão de uns e miopia de outros.

Enfim, independentemente deste último parágrafo, surgiu um problema: como equacionar esses 12 "grandes" com as 5 vagas na Libertadores? Pois todo time "grande" vive de títulos, conquistas, blá, blá, blá.

Simples: crie um "atalho" para a Libertadores, garantindo uma vaga para o campeão de uma competição menor, que por natureza já exclui os melhores times do ano anterior. E a Copa do Brasil ganha uma dimensão maior do que realmente tem, e do que mereceria.

Adoro torneios com confrontos eliminatórios, em que a tensão permanece suspensa no ar por 180 minutos, e que geralmente pune duramente qualquer deslize. Justamente por isso, esse tipo de torneio dá maior oportunidade ao acaso, à sorte; o tal planejamento pode ser substituído por vontade, raça; 11 jogadores com gana vale mais que 25 bem orientados.

E isso tem o seu valor. Mas não pode servir para definir uma vaga no torneio continental.

Falei mais do que queria para chegar ao assunto do título. Vamos aos fatos.

Desde que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos - critério mais justo de se apontar os melhores - tivemos os seguintes campeões da Copa do Brasil:

2003: Cruzeiro
2004: Santo André
2005: Paulista de Jundiaí
2006: Flamengo
2007: Fluminense
2008: Sport

De cara, desconsidero o Cruzeiro, já que o mesmo tambpem foi Campeão Brasileiro de 2003. O Santo André, em 2004, jogava a Série C, e só por isso já seria um absurdo jogar a Libertadores. É óbvio que não fez nada na edição de 2005, e demorou ainda alguns anos para chegar à Série A (apoiado por dinheiro público, que fique claro).

O Paulista de Jundiaí também foi um fiasco em 2006, e hoje disputa a Série D.

O Flamengo chegou a frequentar a zona de rebaixamento no Brasileirão em 2007, quando a torcida o carregou ao G-4. Mas foi mal nas Libertadores de 2007 e 2008 - com direito a vexame em pleno Maracanã - e se não cair em 2009 sairá no lucro.

O Fluminense fez história em 2008, com uma das campanhas mais bonitas que eu já vi na competição. Mas desmoronou após os pênaltis contra a LDU, e precisará de mais de um milagre pra não jogar a Série B em 2010.

O Sport repetiu o Flu em 2009, com a diferença de não ter chegado nem perto da final.

Não preciso dizer mais para mostrar que, em regra, o clube que vence a Copa do Brasil não tem estrutura para jogar a Libertadores, principalmente porque dele não é exigida a "grandeza" necessária para tal; isso se conquista com o trabalho ao longo do tempo, e não com um título que serve mais para iludir que refletir a realidade.

Quando se dá um passo maior que a perna, o chão some e o resultado é geralmente o oposto do esperado.

Na verdade, não existe maldição da Libertadores; existe, sim, uma ilusão plantada pelas próprias pessoas que comandam o futebol brasileiro.

Que preferem viver de um passado a enfrentar a dura realidade.

Do blog do José Cruz


Começou a festa


A cinco anos da realização da Copa do Mundo, já se identificam agressões ao orçamento público de governos municipais das cidades sedes ao evento de 2014.

O primeiro caso de desrespeito à legislação ocorreu em Mato Grosso, que tem na capital, Cuiabá, uma das 12 sedes do Mundial. O governo do estado contratou, sem licitação, o projeto executivo para construir o estádio municipal.

Motivo da pressa: falta de tempo.

Custo da brincadeira: R$ 14 milhões.

Além disso, o governo contratou uma “consultoria técnica” de R$ 400 mil mensais, pagos também atropelando as normas legais, isto é, sem licitação.

A construção da nova praça de esportes está orçada em R$ 400 milhões.

As informações são do presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Antônio Joaquim, hoje, em Brasília, em conversa com o deputado Silvio Torres.

“Vamos ver muito desses casos. Começa a se repetir para a Copa do Mundo o que ocorreu com a preparação do Rio de Janeiro para o Pan-americano de 2007. Mas vamos agir", prometeu Silvio Torres, que preside a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara federal.

Rede de informações

Silvio Torres presidiu hoje a solenidade que criou uma rede para troca de informações entre os tribunais de contas das 12 cidades-sedes, os respectivos estados, o Tribunal de Contas da União e as comissões de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara e do Senado.

A convite, a ONG Contas prestará consultoria sem qualquer custo para o Legislativo.

O presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, acredita que a ação preventiva chamará a atenção da população, que deverá se interessar em saber como está sendo gasto o dinheiro público.

Análise

O filme sobre a preparação do país para grande eventos já vimos e é um desastre pavoroso. O Pan-2007 é o exemplo mais triste neste sentido.

A rede de integração entre tribunais de contas, TCU e Legislativo é a novidade. Disposição para combater o abuso existe, ficou claro na reunião de hoje.

Mas só o tempo poderá mostrar a eficiência dessa iniciativa, porque do outro lado do campo de jogo está o poderoso time dos cartolas do futebol amparados por espertos políticos.



sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fora da ordem

Não sou fã incondicional de Muricy Ramalho.

Suas deficiências como técnico são irritantes: falta de variações de jogo, incapacidade em alterar o rumo da partida depois de iniciada, total desprezo pelo lado psicológico.

Mas admiro suas qualidades: honestidade, sinceridade, caráter (coisas pouco valorizadas no Brasil).

Por esse último ponto, e devido ao fato de ele ter conquistado três Campeonatos Brasileiros com o meu time, tenho gratidão para com ele, e não é o fato de ele ter pulado o muro - literalmente - que vai mudar isso.

Só que não acho que Muricy repetirá o sucesso no Palmeiras. A mudança foi muito drástica, e talvez exigisse mais tempo. A ligação do técnico com o São Paulo sempre foi muito forte, e para mim é claro que ele não se sente à vontade no novo clube. Somados a desconfiança intrínseca e as cascas de amendoim do Palestra, temos um ambiente nada tranquilo para alguém desenvolver um trabalho.

Acho que qualquer um estranha vê-lo com o uniforme verde.

Até o próprio Muricy.

Crime?!?!

Já é de conhecimento popular, mesmo para os leigos em Direito, que o artigo 171 do Código Penal refere-se ao crime de estelionato.

Eis sua transcrição literal:

"Estelionato

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.


Pena - reclusão, de um a cinco anos, e mult
a.
"

Mais à frente no referido Código, temos:

"Quadrilha ou bando

Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes:

Pena - reclusão, de um a três anos."

O processo penal é extremamente complexo, e dificilmente alguém não inserido no mundo jurídico conseguirá formar uma opinião correta sobre qualquer decisão dos homens de toga.

É bem possível que o MP não tenha instruído o processo de forma clara.

Mas também é bem difícil, diante da clareza dos dispositivos legais acima transcritos, aceitar que Edílson e sua gangue não fizeram naada demais.

Para mim, no mínimo, faltou boa vontade.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Na hora H...

Antes de começar a escrever, quero deixar claro: eu admiro todos os esportistas brasileiros que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas no essporte nacional, atingem um nível de competitividade internacional que os permite participar de um Campeonato Mundial.

A simples participação em um evento desses já encerra fatores como talento, disciplina, esforço, determinação.

Eu reconheço e valorizo isso.

Mas também sei reconhecer um atleta de nível internacional de um "grande" atleta de nível internacional.

Esse "grande" sabe ser campeão; dá o melhor de si mesmo na hora mais importante.

Consegue canalizar a tensão do momento para a excelência do movimento.

A prova do salto com vara feminino, no Mundial de Berlim, foi atípica. A maior de todos os tempos, talvez com excesso de confiança na próprio vara, saiu prematuramente da disputa. A segunda, a terceira e a quarta colocadas em Pequim não participaram da final.

Fabiana Murer tinha uma grande oportunidade de escrever seu nome na história.

Mas o seu salto ficou a mais de 20cm de sua melhor marca no ano.

Ficou sem medalha, sem glória.

Sem o rótulo de "grande".

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tudo ao mesmo tempo agora

Após um longo período de ausência, este blogueiro está de volta. Ao menos, por ora.

Desde o dia 3 de junho coisas importantes acontecerem em nosso esporte brasilis, mas por pura falta de tempo não pude registrar meus comentários sobre tais eventos.

Para não perder mais tempo, então, vamos a uma breve retrospectiva.

Comemorações - No dia 4 de julho, celebramos o cinquentenário do primeiro título em Wimbledon de Maria Esther Bueno. Foi a primeira grande conquista daquele que é, na minha opinião, um dos três maiores nomes do nosso esporte, e eu não poderia deixar de registrar minha homenagem. Já no dia 17 do mesmo mês, foi a vez do 15o aniversário do Tetra, conquista muito comemorada e criticada, mas ainda assim uma conquista importantíssima. De um grupo limitado, sem muito brilho, mas que na união e na consistência venceu uma Copa do Mundo. Filme que tem tudo para ser repetido em 2010.

Festa hermana - Mais uma vez, um time brasileiro perdeu uma final de Libertadores jogando em casa. O Cruzeiro, de campanha brilhante, foi tricampeão da América por 20 minutos, mas não resistiu ao bom time do Estudiantes liderado pelo 'monstro' Verón, numa atuação épica. Gostaria que o Cruzeiro tivesse ganho, mas é de se reconhecer o tamanho do feito do Estudiantes, muito bem ilustrado pelo choro de 'La Brujita' ao apito final do árbitro.
Aqui, cabe uma digressão. Nossos dirigentes vivem reclamando do assédio dos clubes europeus a nossos jogadores, de que é impossível competir com o poderio econômico europeu, etc. E isso é verdade. América do Sul e Europa (ou Japão, Arábia, e outros) vivem realidades diferentes, e a grana deles falará mais alto sempre. Mas o abismo poderia ser um pouco menor.
Vejamos. A final da Champions League é um evento que faz parar a Europa. Por semanas, entre a definição dos finalistas e a realização do jogo, só se fala nele. A cidade-sede do jogo (escolhida no ano anterior) se prepara para receber milhares de torcedores, dispostos a desembolsar alguns milhares de euros por um único ingresso. E a temporada européia de futebol é encerrada com chave de ouro, coroando o melhor time do continente em um grande evento esportivo, assistido em todos os cantos do mundo.
A versão sudamericana, a Libertadores, é um pouco diferente; aliás, bem diferente. Ao invés de ser disputada ao longo de toda a temporada, é espremida em um único semestre, com os times ainda em fase de preparação. As etapas eliminatórias são disputadas em sequência, sem o manor tempo para se promover o espetáculo. Em 2009, uma única semana separou o fim das semi-finais do primeiro jogo da decisão. E pior: Cruzeiro e Grêmio jogaram um jogo das quartas e um das semis desfalcados de importantes jogadores, que haviam sido convocados para um torneio oficial da Seleção Brasileira... a Conmebol nem se preocupa em organizar seu mais importante campeonato em sintonia com o calendário da FIFA. Isso sem falar que o Brasil não teve a oportunidade de assistir aos seus jogos mais importantes, já que a Globo prefere transmitir outros jogos menos importantes (este ponto será analisado mais à frente).
Enfim, tudo é feito da forma a se ganhar o mínimo de dinheiro possível. Assim, fica difícil mesmo.

Brasileiro não gosta de futebol - Essa é uma tese que já defendo há algum tempo, e que restou comprovada com o descaso da Globo para com a Libertadores. Como colocado acima, o Brasil que não tem TV a cabo (exceto MG e RS, claro) não pode assistir às semis e quartas da Libertadores, pois a Globo mostrou outros jogos infinitamente menos importantes, como por exemplo Corinthians x Fluminense, da 9a rodada do Brasileirão. A Globo, que tem fins lucrativos, quer ganhar dinheiro. E já aprendeu que, independente da importância do jogo, o brasileiro padrão assiste apenas a jogos do seu time. Ele se lixa para o resto. Não sabe apreciar a beleza do esporte, quer apenas contar vantagem ou gozar o vizinho na 2a feira. O brasileiro é apaixonado por seu clube de coração e, cada vez menos, pela Seleção Brasileira. Mas não dá a mínima para o futebol.

Dinheiro público em estádios - Depois de passar meses tentando enganar alguém, a CBF finalmente admitiu que verbas públicas deverão ser usadas na construção de estádios para a Copa-2014. Alguém tinha alguma dúvida? Mais uma vez, seremos os trouxas da história. Pagaremos por algo que não usaremos, e alguns poucos ganharão com isso. Mas eu já sabia disso, já que sou um trouxa consciente. Sinto pelos trouxas ingênuos, que serão roubados sem nem ao menos se dar conta disso.

Máfia do apito no arquivo - Dois Desembargadores, de três, já votaram a favor do arquivamento do caso do escândalo da arbitragem de 2005. Segundo eles, faltam elementos para configurar como crime as práticas do grupo. Pode?

Brasileirão - . O Palmeiras provou que realmente as coisas estão diferentes por lá (para melhor) ao trocar WL por MR, e está forte na briga. O Goiás surpreende, mas não tem camisa nem relevância nacional para chegar lá. O Internacional era, depois não era mais, agora é de novo candidato ao título. O São Paulo mostrou que não é tão melhor assim que os outros, mas a espetacular recuperação indica uma certa superioridade estrutural que tornas as crises mais bem administráveis. O Galo já deucantou o que tinha para cantar. O Avaí já cumpriu sua meta, muito bem estabelecida, de permanecer na Série A. O Grêmio precisa impor seu gigantismo caseiro também fora de casa. O Corinthians teve o melhor time do Brasil por duas semanas; então, vendeu três jogadores medianos e achou-se com um time medíocre, fora da briga. O Barueri, bancado pela Prefeitura (condenada pelo TCE por desvio de finalidade no uso de dinheiro público) vai melhor do que eu gostaria, pois times de tamanha insignificância não agregam nada ao futebol brasileiro. O Flamengo tem problemas maiores fora do campo do que dentro dele, e enquanto essa situação persistir, não voltará a ser o Flamengo. O Vitória mandou embora Carpegiani, que não ia mal, e trouxe de volta Vágner Mancini, que havia sido mandado embora quando também não ia tão mal. O Santos acolheu de volta WL, que já não é mais WL, e enquanto continuar sendo um empreendimento pessoal de seu Presidente, restará ao Peixe o papel de coadjuvante. O Furacão vai escapando, comandado pelo incansável Paulo Baier. O Cruzeiro, infelizmente, foi mais uma vítima do calendário e nem entrou na briga em que merecia estar. O Botafogo vai continuar indo a lugar nenhum por um bom tempo, mas é um exemplo de administração a ser seguido; tomara que volte a ter ao menos um pouco do brilho que teve décadas atrás, pois hoje só vai brigar para não cair. O Coritiba está na mesma briga do Botafogo. O Santo André deve voltar para a Série B, de onde não deveroa ter saído. O Náutico é a maior chamce de o Nordeste continuar sendo representado na Série A em 2010. O Fluminense já caiu. O Sport também.

Susto - A minha querida Budapeste foi palco de um momento quase-trágico para o esporte nacional. Por alguns minutos, fomos mentalmente transportados de volta para aquele 1o de maio de 1994, ao vermos Felipe Massa imóvel dentro do cockpit, depois de uma violenta batida. Felizmente ficou no quase.

O verdadeiro Imperador - César Cielo, aos 22 anos, já é um dos grandes nomes do nosso esporte de todos os tempos. Dá gosto vê-lo nadar, falar, chorar. Como brasileiro, não tem grandes diferenças para boa parte da população: simples, emotivo, descendente de imigrantes. Já como atleta, é um brasileiro como poucos: disciplinado e formado lá fora, apoiado por um sólido e bem instruído núcleo familiar, e sem depender de cartolas incompetentes e, por vezes, bisonhos, como é o caso da CBDA. Dá gosto ver o Cesão vencer e saber que ele não deve nada a essa gente.
Digressão número 2: em 2007, no devaneio esportivo do Pan, o Brasil descobriu um novo ídolo. Thiago Pereira, o "Michael Phelps brasileiro", ganhou 8 medalhas na competição, 6 de ouro. Foi apontado como a grande promessa da natação brasileira para Pequim - mesmo sabendo-se que competiria na mesma prova que o "Michael Phelps americano". Terminou em 4o, mesma colocação do Mundial de Roma. E esquecido. Porque no Brasil só vale o primeiro. Quarto lugar, grande bosta.
Thiago é um grande nadador, mais pelos 4os lugares olímpico e mundial do que pelo multi-medalhado Pan-Americano. Acontece que ele não teve a oportunidade, ou os recursos, de aperfeiçoar seu nado no exterior, onde estão os melhores. E, claro, escolheu a prova de Phelps.
Com as malas prontas para os EUA, Pereira tem a grande oportunidade para tentar subir nesse pódio.

"Eu não sabia" - Com essa alegação simplista, já consagrada na polítca lulista, Jayme Netto abandonou sua carreira de técnico de atletismo depois que cinco atletas seus foram pegos no anti-doping. O mordomo da vez foi o fisiologista. Eu não sei quem fez o que, mas o que não dá para engolir é o fato de um técnico renomado não saber que determinada substância é proibida.

Acho que foi mais ou menos isso. Se esqueci alguma coisa, deixe um post.