quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pára, Gordo!

Ronaldo superou o trauma da convulsão de 98.

Depois, Ronaldo superou uma séria lesão no joelho. E, após isso, superou outra séria lesão, no mesmo joelho.

Protagonizou um enredo de dramalhão hollywoodiano, ao contrariar todas as expectativas negativas sobre sua possível volta em alto nível. Os dois gols em Oliver Kahn, no Japão, derramariam lágrimas de emoção nos cinemas. Mas a final da Copa de 2002 foi a mais pura realidade.

Um prêmio para um cara foda.

Não sou fã incondicional do Gordo (apelido com uma conotação verdadeiramente carinhosa), por motivos um tanto polêmicos - e discutíveis - que não cabem neste momento. Mas só um ignorante futebolístico não o colocaria entre os maiores jogadores do mundo nas últimas décadas. Ninguém é o maior atilheiro das histórias das Copas de graça.

Justamente pelo nome que ele tem, pelas lições que ele deu e por tudo aquilo que ele conquistou, Ronaldo não precisa mais provar nada, muito menos que pode superar outra grave lesão no joelho - desta vez, com certeza, a mais crítica de todas. Meses de tortura na sala de fisioterapia não são mais necessários.

Assim como Guga, espero que o Ronaldo tenha amor próprio e reconheça a hora de parar. Pois, também como Guga, nada vai apagar o que ele já fez.

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