terça-feira, 24 de junho de 2008

Vasco da Gama, D.E.

Eurico Miranda caiu. Ou caíram com ele. Ou talvez ainda não tenha caído de verdade.

O fato é que ele não será mais o Presidente do Vasco da Gama. Ótima notícia tanto para vascaínos como para o futebol brasileiro.

Algumas vozes clamam pelo resgate da dignidade do clube, após décadas de domínio deste se Eurico, como se tudo de podre e corrupto que rondou São Januário nas últimas décadas fosse culpa, direta e exclusiva, do seboso dirigente.

Será? Me permito a dúvida, pois é fato que:

1) Ninguém fica no poder tanto tempo sem contar com significativo apoio de seus pares;

2) Ninguém é eleito "Deputado do Vasco" sem contar com alguns milhares de votos de vascaínos;

3) Não me lembro de nenhum vascaíno denunciar a "aventura olímpica" protagonizada pelo clube no final dos anos 90, que serviu apenas para inflar o ego e encher os bolsos de Eurico;

4) Também não me lembro de um vascaíno sequer expressar vergonha pelas atitudes de seu dirigente máximo, enquanto dentro de campo o time conquistava títulos importantes.

Essa é máxima do futebol na terra do jeitinho: não importa como, o que importa é ser campeão.

É curioso que as vozes contra Eurico Miranda se façam ouvir justamente quando a força tanto dele como do próprio Vasco, no cenário do futebol brasileiro, estejam em franca decadência.

Para mim, é impossível separar do dia para a noite a imagem do Vasco da de Eurico, pois sempre que a Cruz de Malta me vem à cabeça, traz junto a imagem grotesca do dirigente, ao melhor estilo Jabba the Hut. Torço de verdade para que Dinamite e seu grupo consigam trazer a tal dignidade ao Vasco. Mas, para que essa dignidade também me transmita simpatia, talvez leve alguns anos.

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