terça-feira, 1 de setembro de 2009

As escolhas de Cuca

Cuca é conhecido por fazer trabalhos sérios, montar bons times e conquistar vice-campeonatos.

E, também, por suas más escolhas.

Ano passado, após sair do Botafogo, poderia usar o resto do ano para descansar, repensar a carreira, aprimorar alguns pontos de seus métodos. Entretanto, pouco tempo depois, aceitou o convite do Santos, que convivia com problemas internos e vinha de uma tumultuada saída de Émerson Leão. não deu certo, e apenas 14 partidas depois pediu demissão.

Pronto; agora viriam as merecidas - e necessárias - férias. Menos de um mês mais tarde, voltou ao Rio para comandar o ameaçado Fluminense, que acabara de demitir Renato Gaúcho, por "brincar" demais no Campeonato Brasileiro. Sua estada nas Laranjeiras, entretanto, não durou muito: apenas nove partidas, e Cuca acrescentou mais uma demissão no currículo.

Ano novo, vida nova. Cuca assume o Flamengo, de grandeza proporcional a seus problemas. Ao menos, dessa vez, conseguiu deixar de lado sua fama de vice e conquistou o Campeonato Carioca. O que não foi suficiente para suprimir o início ruim no Brasileirão, gerando sua saída de mais um clube carioca - a terceira em um ano.

E, hoje, o inacreditável aconteceu: Cuca novamente aceitou substituir Renato Gaúcho no Fluminense, provavelmente o clube mais mal administrado da Série A e praticamente rebaixado à Série B. Analisando recionalmente, o técnico não conseguirá nada além de colocar em sua carreira um rebaixamento e, possivelmente, mais uma demissão.

Cuca é um cara sério, e com algumas mudanças poderia se tornar um grande técnico. Mas suas escolhas o relegarão - se é que já não o fizeram - a uma categoria inferior, daqueles tapa-buracos que não conseguem, em lugar algum, desenvolver um trabalho digno de nota.

Motivo para (mais) lamentações não faltarão.

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