sábado, 22 de setembro de 2007

Alice no País das Maravilhas

O São Paulo quer empurrar com a barriga até todo mundo ficar sem opção para construir um novo estádio. Estamos trabalhando com a segunda alternativa. Tão logo a Fifa sinalize que não vai aceitar o Morumbi, nós já teremos tudo pronto para indicar a nova arena.
A frase acima foi dita porAntonio Roque Citadini, presidente do Conselho de Orientação do Corinthians (Cori) e um dos líderes da oposição corintiana a Alberto Dualib.

A reportagem realizada pelo site Máquina do Esporte ainda diz que "o estádio seria erguido pela construtora OAS e financiado por um grupo de investidores portugueses. O local ainda não está definido, mas um terreno próximo ao Sambódromo, na zona norte de São Paulo, está sendo estudado como opção."

O Corinthians está sem Presidente e com uma dívida beirando os R$ 100 milhões; o clube é apontado pela Polícia Federal como integrante de um esquema internacional de lavagem de dinheiro; o time briga contra o rebaixamento; os grupos de oposição, agora sem a presença de Dualib, se estapeiam para ficar com os cacos do que sobrou; e, mesmo com esse quadro, pessoas importantes ligadas aos clube como Citadini (que também é Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) procuram parceiros para a construção de um estádio.

Incrível, mas verdadeiro.

Qualquer assunto que não fosse pertinente à caótica situação no Parque São Jorge deveria ser deixada de lado por seus responsáveis, até que o clube esteja minimamente organizado. Mas posturas como essa mostram que mesmo as pessoas idôneas do Corinthinas estão em descompasso com a realidade.

Juro que tento parar de falar mal do Corinthians para que não soe como uma questão pessoal. Daqui a pouco, vou ter de parar por pura dó.

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