Considero este post tão banal que quase não o publiquei, ainda mais devido ao seu personagem principal - um mau caráter de quinta categoria. Mas vai lá.
Kléber achou a coisa mais normal do mundo visitar a Mancha Verde na semana em que enfrentaria o Palmeiras. Não é.
Até no mundo corporativo, em que o a profissionalismo deixa pouco espaço ao sentimentalismo, temos casos de "amor à camisa", mesmo que forçados pela cultura de cada empresa: funcionários da Ambev não bebem Coca-Cola; os da Microsoft não podem ter iPod. E assim vai.
No futebol, mesmo com a necessidade da profissionalização da gestão dos clubes e federações, a emoção é o principal combustível. Visitar o rival antes de um confronto é inaceitável, sob qualquer circunstância, e querer se explicar é muita canalhice.
O jogador fez o que fez, alguns dias depois o Cruzeiro perdeu para o Palmeiras e, quando saiu substituído, é claro, tomou vaia. E como se não bastasse tudo isso, Kléber ainda acenou para a torcida palmeirense que gritava o seu nome.
A seguir, as declarações do jogador, publicadas no site da UOL:
"Eu fiquei tão surpreso como vocês (jornalistas), até porque a conversa que tive com os torcedores é que não teria vaias. Infelizmente, houve vaias. Não esperava acontecer o que aconteceu. Agora é pensar na minha vida, no futuro, em mim, deixar algumas coisas de lado." "Deixei muito claro na conversa que tive com os torcedores que se me vaiassem a minha vontade era de não permanecer no Cruzeiro e eu sou homem de palavra." "Hoje já não tenho mais vontade de permanecer no Cruzeiro, hoje já não tenho a vontade que eu tinha antes."
Discurso típico do jogador mimado e metido a malandro, que cria a confusão, posa de vítima e força a saída de um clube sem arcar com seus compromissos.
Teve mais: "Vou entrar em campo e vou me dedicar ao máximo. Vou tentar vencer o jogo porque sou um cara profissional, sou pago pelo Cruzeiro, vou tentar me dedicar ao máximo."
Se ele fosse realmente "profissional", não teria ido bater uma bola em plena recuperação de contusão, com a torcida organizada do próximo adversário de seu time.
Podemos estar presenciando mais um talento do futebol ficar aquém do que pode, por pura falta de estrutura e caráter.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
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2 comentários:
Bola, se ele é autêntico e sincero, não pode ser punido por isso. Ser autêntico e sincero não é um erro, pelo contrário, serve de exemplo para o brasileiro-médio. Se a torcida do Cruzeiro acha que isso é motivo para vaiá-lo e tirá-lo do time, azar da torcida e do time.
Cada um com seus problemas.
Exclua a questão de bater bola - pois ele errou e foi multado por isso. O resto não tem nada a ver.
Ser "autêntico e sincero" não muda o fato de ele ser mau caráter, como há tempos eu não via no futebol.
O fato de ele já ter sido punido por jogar bola em plena recuperação também não apaga o gesto.
E o resto tem tudo a ver sim, a não ser que seja analisado pela visão fanática de um palestrino - característica marcante do clã Pascale.
Mas fica tranquilo que em breve vocês terão o 'seu' Gladiador de volta.
Abs.
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