quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Diferentes

Na mesmice que invariavelmente toma conta do futebol brasileiro (e mundial), alguns jogadores são diferentes.

Kaká, como já se imaginava, é um deles.

E não só por valer, segundo dirigentes do Manchester City, mais de R$ 300 milhões.

Ao contrário da maior parte dos seus colegas de profissão, Kaká estabelece objetivos - grandiosos - para sua carreira profissional. Seja por estrutura familiar, religião, o que for, ele sabe que o futebol pode lhe proporcionar algo mais do que dinheiro. Nem a fortuna anglo-árabe conseguiu demovê-lo da idéia de se tornar um dos maiores jogadores da história do Milan.

Talvez Kaká até saia um dia; mas, pelo que vimos hoje, apenas para outro clube de grandeza proporcional à rossoneri.

Esse caso bem que poderia servir de exemplo aos jogadores que ainda atuam por aqui (assim como a opção do Marcos, que mesmo recém campeão de uma Copa do Mundo, encarou a Segundona com o Palmeiras em 2002), que poderiam optar por ficar mais alguns anos no Brasil, no aguardo de uma proposta realmente vantajosa, do que pegar um avião, para onde quer que seja, pelos primeiros dólares colocados às suas portas.

Sei que são realidades diferentes. Ao passo que Kaká já pode se dar ao luxo de recusar 15 milhões de euros anuais (e isso ajuda em qualquer decisão), a maioria dos jogadores brasileiros ainda busca uma vida mais confortável para seus familiares. E que algumas propostas são mesmo irrecusáveis.

Mas, com um pouco mais de calma - e inteligência - muitos jogadores brasileiros poderiam ter ainda mais sucesso.

Poderiam ser diferentes.

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