terça-feira, 19 de agosto de 2008

Olé!

Após alguns anos de sucessivas surras, veio o troco: a Argentina deu um baile no Brasil na semi olímpica. Uma derrota que seria compreensível, como em qualquer outro clássico, se o Brasil não tivesse mostrado um futebol medonho durante todo o torneio olímpico.

Como já está sendo dito há meses, a culpa é de todo mundo: dos jogadores, que parecem não estar nem aí; do Dunga, que não tem condição - nem preparo - para ser técnico de time nenhum, quanto mais da Seleção Brasileira; do Ricardo Teixeira, que além de ter "inventado" o Dunga, dá de ombros a qualquer assunto que não envolva a Copa 2014 e dólares no seu bolso.

O mais triste disso tudo é que, mesmo após uma eliminação como essa, ninguém parece se importar muito - e por "ninguém" me refiro à torcida mesmo. É engraçado que tanto derrotas como vitórias da Seleção só têm alguma relevância se ocorridas frente à Argentina. Não torcemos mais pelo nosso selecionado, mas contra o rival, como se o "ódio" a ele tivesse sublimado o nosso amor próprio.

Para mim, apenas perdemos mais uma chance de medalha de ouro. Futebol olímpico e Seleção Brasileira já não significam tanto, a (triste) verdade é essa.

A CBF, que por tanto tempo tratou as Olimpíadas como prioridade - o tal "único título que falta ao futebol brasileiro" - também já não liga tanto. Além de ser um torneio de difícil preparação, não é rentável como os amistosos, à base de polpudos cachês, que a Seleção Brasileira costuma fazer mundo afora.

Mas, como coerência não é a tônica na entidade, não me surpreenderia se a mesma utilizasse mais esse fiasco para "desinventar" o técnico Dunga.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acabei de constatar o impossível (pelo menos para minha esperança): as meninas não conseguiram.
Não sei o que foi, pois o jogo brasileiro é infinitamente melhor. Somos atletas de ponta com a bola nos pés e nossa artilharia é a melhor. Acho que é aquele dia em que tudo vai dando errado e nada adianta fazer.
Tio Sam deve estar movendo mundos e fundos para abocanhar douradinhas para minimizar o impacto da China.Posso estar erradíssima, mas acho que americano quando pressionado tende a alavancar e o desafio passa a ser o limite da superação; brasileiro quando pressionado tende a colocar o emocional em xeque e desequilibra as atitudes. Um, "cresce" na pressão o outro "somatiza" na pressão, é a única explicação!
Eles são ultra competitivos desde o Maternal, a gente vive no "amanhã eu faço, deixa prá lá".Aí, quando é preciso ser competitivo e gélido, somos emotivos e queremos colinho. Sei lá, minha teoria é para abrandar o desapontamento...
Meninas do futebol, valeu pela garra e jogo bonito no campo. Se não é ouro, melhor, somos prata!