domingo, 16 de dezembro de 2007

Mundial de Clubes - Parte I: O melhor do mundo

Nem precisava, mas a atuação de Kaká hoje de manhã e o consequente tetra do Milan torna incontestável o título de Melhor Jogador do Mundo que o jogador receberá amanhã, na Suíça. E imaginar que ele já foi vaiado e praticamente expulso do São Paulo por parte da torcida - que, hoje, deve morrer de vergonha com a própria burrice.

Está certo que Kaká foi vítima das circunstâncias em sua curta passagem pelo Tricolor. Ele foi promovido ao time titular numa época em que os títulos de expressão rareavam e o time tinha a fama de amarelar em decisões. A torcida queria alguém que chamasse a responsabilidade e decidisse, não um garoto com cara de riquinho do Morumbi, que arrancava gritinhos de torcedoras e não aguentava o tranco de divididas mais duras. O futebol de Kaká, porém, ficava acima isso tudo. Só não conseguiu superar a derrota no Campeonato Brasileiro de 2002, quando após acabar como o melhor time durante os pontos corridos foi eliminado com duas derrotas para os Meninos da Vila.

Essa foi demais, e alguém teve que pagar o pato. Acabou sendo o Bola de Ouro daquele ano, infelizmente. Sua carreira no futebol brasileiro e sua condição de ídolo no São Paulo tiveram um fim precoce.

Eu não estava no Brasil em 2002, portanto não acompanhei o melhor momento de Kaká jogando no país. Também não entendi muito as vaias que vieram em seguida, pois peguei o bonde andando (mas confesso que ficava irritado vendo menininhas pré-adolescentes soltando gritinhos num estádio de futebol). Mas tive a oportunidade de ver uma das primeiras partidas do jogador como profissional. Foi num São Paulo x Santos, pelo Campeonato Paulista de 2001. O Peixe vinha bem, invicto, e o Tricolor com um desempenho inconstante que marcava aquela época. Com 1x0 no placar para o Santos, eis que sai do banco de reservas um menino chamado Cacá (ainda com "Cs" no lugar dos "Ks"). Com arrancadas e dribles fantásticos, que hoje o mundo inteiro conhecem, acabou com o jogo e deu a vitória de 4x2 para o São Paulo.

Já dava para sentir que este era diferenciado, como realmente é.

Pena que os tempos não eram dos mais favoráveis, e que a torcida não teve a paciência para acompanhar um pouco mais o surgimento de um craque.

Um comentário:

Anônimo disse...

FORZA MILAN! MILAN CAMPIONE! FORZA MILAN, MILAN OLE!
FORZA MILAN! VINCI PER NOI! FORZA MILAN, LA SUD È CON TE!
ALE ALE... ALE ALE... FORZA MILAN, ALE ALE.