domingo, 16 de dezembro de 2007

Mundial de Clubes - Parte II: Humildade vs. Soberba

Em 2005, o São Paulo sabia que iria enfrentar o Liverpool na final do Mundial de Clubes da FIFA desde maio. Também sabia que, time por time, o Liverpool era melhor. Passou o ano inteiro estudando o adversário e bolando uma fórmula para trazer o título do Japão. Com respeito e consciente da realidade, executou à risca o planejamento, sem se importar em assumir a condição de "azarão", e foi Tricampeão Mundial. Com um sofridíssimo 1x0.

Em 2006, o Internacional sabia que iria enfrentar o Barcelona na final do Mundial de Clubes da FIFA desde maio. Também sabia que, time por time, o Barcelona era melhor (neste caso, muito melhor). Passou o ano inteiro estudando o adversário e bolando uma fórmula para trazer o título do Japão. Com respeito e consciente da realidade, executou à risca o planejamento, sem se importar em assumir a condição de "azarão", e foi Campeão Mundial. Com um arrastado 1x0.

Em 2007, o Boca sabia que iria enfrentar o Milan na final do Mundial de Clubes da FIFA desde maio. Mas os xeneizes ignoraram as diferenças e quiseram jogar de igual para igual com os rossoneri. Tomaram um vareio e perderam a chance de se tornarem os primeiros Tetracampeões Mundiais. Com um quase humilhante 4x2.

Nesse torneio, sul-americanos levam vantagem na raça e vontade de ganhar. E têm de usar isso ao extremo para voltar com o título. Pois se quiserem ganhar apenas na bola, a disputa é injusta.

2 comentários:

Anônimo disse...

E cá entre nós, que eu me lembre, só vi um time jogar contra os europeus sem se importar com a forma que eles jogam: São Paulo de Telê em 92 que meteu 4 a 1 no Barça no Tereza Herrera e depois 2 a 1 no mundial (Aliás dizem que foi o Cruijf quem tentou estudar o tricolor...). Ab, Cris Farias

Fabio Pimentel disse...

Esse jogo no final de 92 também ficou conhecido como "o dia em que Crujiff chorou".
Grandes lembranças, eternizadas em VHS.