quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Sonho de criança

Os europeus dão sim importância para o Mundial Interclubes (ou Taça Intercontinental, ou Mundial da FIFA, como queiram). Não tanto como nós sul-americanos, mas já vi muita pompa se desmanchar em lágrimas e lamentos ao perder a final no Japão para alguma equipe "menos gabaritada" da América do Sul.

Amanhã, quando o Milan fizer sua estréia na competição, um jogador terá motivos a mais para correr com gana atrás da taça. Kaká, quando dava seus primeiros piques atrás da bola, viu seus ídolos de então ergueram por duas vezes esse mesmo troféu. (Tudo bem, não era exatamente esse, mas é como se fosse.)

Mesmo depois da fama e do provável título de melhor jogador do mundo, acho difícil que o humilde Kaká não se lembre dos seus tempos de criança, quando em conjunto com outras milhares de crianças são-paulinas viram aquele timaço fazer história. O jogador tinha na época 11 anos, e momentos vividos nessa idade ficam gravadas de forma quase que indelével no rol de lembranças de uma pessoa.

Kaká jogará esse Mundial como um jogador sul-americano, como o é, pois além desse título ser por si só importantíssimo, com certeza tem ainda mais relevância para a vida de Kaká. Ele já desperdiçou uma chance em 2003 - contra o próprio Boca - e não acho que repetirá a dose.

Além do mais, outra coincidência histórica marca o jogo de amanhã.

Quando pisar no gramado, fará exatamente 15 anos da madrugada que o menino Ricardo ficou acordado até tarde, para ver o seu time do coração ser Campeão do Mundo pela primeira vez.

Time este que tinha, dentre seus craques, o jovem jogador Cafu. Hoje, companheiro de Kaká.

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