sexta-feira, 18 de maio de 2007

O calvário de Guga

Com a mais nova desistência, a suspeita que há tempos já se manifesta fica ainda mais clara: dificilmente Guga voltará, em nível razoável, ao circuito do tênis. Aliás, desde a sua segunda cirurgia esse já era o cenário mais provável, devido à gravidade da lesão e à idade do atleta.

E a minha opinião é que ele deveria realmente abandonar o esporte profissional. Tenho certeza que essa é a decisão mais difícil para um atleta, pois significa a interrupção da coisa que ele mais gosta, e mais tem talento, para fazer.

Mas é triste ver um grande ídolo passar por esse sofrimento, contrastando com momentos de glória de outrora. E nada do que o Guga vier (ou não) a fazer daqui para frente vai mudar o fato de ele ter sido o maior tenista da história do Brasil e um dos melhores no saibro do mundo. Torço de verdade para que o final de sua carreira seja o mais digno possível, pois depois de tantas alegrias proporcionadas é o mínimo que ele merece.

Tomara que seu talento seja aproveitado também fora das quadras no desenvolvimento do tênis brasileiro, que perdeu grande oportunidade de consolidar um salto de qualidade na era do Manezinho da Ilha. Esperar outros 20 anos para o surgimento de um ídolo nacional na modalidade será o maior desperdício ao legado deixado por esse grande esportista.

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