segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Para entender o Parapan

Com falhas na adaptação aos cadeirantes na Cerimônia de Abertura, vaias ao Ministro Orlando Silva e quase nenhuma atenção da imprensa, começaram hoje os III Jogos Para-Panamericanos, pela primeira vez realizados na mesma cidade-sede dos próprios Jogos Pan-Americanos.

Como é de conhecimento geral, os atletas participantes são classificados de acordo com o seus graus de deficiência. Os métodos são complexos e variam de modalidade para modalidade. Inclusive, se um atleta pretende mudar de esporte, precisa passar por nova classificação.

Para entender um pouco melhor como isso funciona, transcrevo abaixo informação divulgada no site oficial dos Jogos (http://www.rio2007.org.br/):

"Classificação Funcional

O desporto paraolímpico tem como protagonista o atleta com deficiência. Tradicionalmente, os atletas pertencem a seis grupos no Movimento Paraolímpico:

• Atleta com paralisia cerebral
• Atleta com lesão medular
• Atleta com amputação
• Atleta com deficiência visual
• Atleta com deficiência mental
• Les autres (inclui todos os atletas com alguma deficiência de mobilidade não incluída nos grupos acima)

Como as deficiências são diversas, para promover uma competição justa em um universo tão distinto de atletas foi decidido agrupá-los em classes de acordo com a amplitude do comprometimento motor ou visual.

A classificação visual é puramente clínica, pautada em variáveis oftalmológicas. Já a das demais deficiências é funcional: avalia-se quanto o resíduo motor de um atleta é funcional para um determinado esporte (potencialidade de movimento).

As classes são definidas por esporte, fazem parte das regras de cada modalidade e são determinadas por uma variedade de processos, que podem incluir uma avaliação física e técnica e observações dentro e fora de competição.

A classe de um atleta é expressa por um número que não é transferível de um esporte a outro. Caso o atleta queira mudar de esporte, terá que passar por uma nova classificação. Geralmente, esse número é precedido pela inicial do esporte (em inglês) – na natação, por exemplo, antes dos números tem-se a letra “S” de swimming. No caso de esportes com participação exclusiva de deficientes visuais, a classe é precedida pela letra “B” de blind (cego, em inglês). Quanto maior o número da classe de um atleta, menor é seu comprometimento físico-motor ou visual.

A classificação funcional é um processo contínuo conduzido por classificadores certificados por cada esporte. Quando um atleta começa a competir, ele recebe uma classe que pode ser revista ao longo de sua carreira, seja em função de uma deficiência regenerativa ou de uma mudança de parâmetros."

O site do IPC (International Paralympic Committee) apresenta todo o processo em detalhes, mas é tão complexo que se torna inviável a sua publicação na íntegra. Para os interessados, segue abaixo o link:


Boa sorte aos nossos atletas. Este blog listará, diariamente, as medalhas conquistadas por eles, assim como foi feito no Pan.

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