sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Resumo da ópera

O São Paulo venceu, o Palmeiras teve um gol mal anulado e a confusão se instarou depois do importante clássico paulista. Quase tudo já foi dito e mostrado, restando apenas a conclusão da história.

Primeiro: não é justificável a Diretoria palmeirense querer denunciar o zagueiro Alex Silva por jogo violento. Ele jogou duro contra o Valdívia sim, mas nada fora do permitido no jogo. Acontece que, depois de a Diretoria do São Paulo ter conseguido suspender o Edmundo por uma entrada criminosa no 1o turno, virou questão de honra no Palestra dar o troco. Essa briga, que mais parece rixa de vizinhos de cidade do interior, enche o saco e não deve acabar tão cedo, dando ainda mais trabalho ao STJD - que tem a obrigação de julgar e a faculdade de punir ou absolver.

(O chileno, aliás, é um caso curioso. Não interessa por quem ou contra quem ele joga, sempre apanha. Até no jogo que fez pelo Chile contra o Brasil, esse ano, ele sofreu. É normal que jogadores bons e habilidosos como ele sejam perseguidos por zagueiros, mas com Valdívia é além da conta. Não sou jogador para saber o que acontece dentro de campo, mas isso sugere que o chileno provoque além da conta.)

Segundo: pelas imagens da TV, Bosco deve sim ser punido, assim como foram Vampeta e Roger, por simulação. A pena pode até ser reduzida dependendo do que o goleiro reserva tiver dito ao árbitro, mas a punição me parece certa - cabe também ao STJD analisar o caso.

Terceiro: se realmente a agressão a Bosco ocorreu - e, depois do episódio da pilha, a credibilidade do jogador se reduziu consideravlmente - o Palmeiras deve perder mandos de campo. Diferentemente do que pensa a Diretoria são-paulina, que inocenta o Palmeiras nesse ponto, por se tratar de um ato da torcida e não do clube, o ato supostamente ocorreu dentro do Parque Antártica, propriedade do Palmeiras. Em se apurando a existência da agressão, caberá novamente ao STJD o parecer final.

Quarto: não é mais razoável supor que o STJD tomará as decisões corretas nos casos, visto o histórico recente do tribunal. Assim como no caso Dodô (que teve interferência da FIFA, julgando que a absolvição do jogador foi incorreta), eles poderiam chamar conselheiros tricolores e palestrinos para avaliar os casos.

Nenhum comentário: