No imbróglio Seleção Brasileira-Real Madrid-Robinho, não há uma verdade absoluta. Todas as partes envolvidas têm sua dose de razão e de culpa.
A CBF está no direito dela, garantido pela FIFA de garantir a apresentação de jogadores convocados para torneios internacionais com 14 dias de antecedência. Mas poderia ser mais flexível, já que o jogador perderá apenas uma semana de treinos, em virtude de um jogo fundamental para o Real e para sua própria carreira.
O Real teoricamente não tem o direito de segurar o jogador, pois deve seguir a determinação da FIFA. Mas tem a obrigação de defender seus direitos em momento tão importante. Direito esse que os clubes brasileiros também reclamam quando têm seus jogadores convocados - e a imprensa apóia.
Enfim, o Robinho também tem o direito de querer disputar tanto o jogo do Campeonato Espanhol como a Copa América, o que é perfeitamente possível. Afinal, tem obrigações trabalhistas com o Real e morais com a Seleção.
Não vejo em certo e um errado, vejo uma enorme confusão causada por falta de política, desorganização e incompatibilidade de interesses.
A falta de política já foi comentada com a inflexibilidade de ambas as partes. A desorganização dessa vez, por incrível que pareça, é da Liga Espanhola. A Copa América já está marcada por um bom tempo, e o Campeonato Espanhol é o único torneio importante europeu que ainda não acabou. Era obrigação da Liga atentar para o fato e adequar seu calendário.
Finalmente, a incompatibilidade citada vem do fato que os calendários europeu e sul-americano não são coordenados. Enquanto não forem, esses problemas continuarão ocorrendo. E com a globalização do futebol, essa medida é prioritária.
Obrigação das federações, direito de clubes e jogadores.
quinta-feira, 14 de junho de 2007
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