Conforme prometido ontem (e também a meu amigo Edu Pascale, grande palestrino e milanista), venho agora expor minha opinião sobre o outro grande rival, a Sociedade Esportiva Palmeiras. Esse gigante do futebol brasileiro, tão intimamente ligado à história da cidade de São Paulo devido a sua origem italiana, encontra-se sem rumo já a algum tempo.
O 'hiato' Parmalat, entre o final de 1992 e 2000, trouxe além do período mais vitorioso da história do clube, a ilusão de tempos modernos. Os últimos 31 anos do clube podem ser resumidamente descritos como 23 anos de fila e oito como exemplo do mais bem sucedido caso de marketing e gestão esportiva do nosso esporte (claro que, com 14 anos de idade, é impossível de se ter essa visão, e os produtos Parmalat sofreram um implacável boicote aqui em casa).
A Parmalat trouxe títulos e dinheiro mas levou-os embora com o fim da parceria, recolocando o Palmeiras na mesma amargura dos anos 80. Sua incompetente Diretoria da época não soube aproveitar os louros da vitória e deixou como legado, além de dívidas, o rebaixamento à Série B em 2002.
De lá para cá, a coisa como um todo pouco mudou. Porém, alguns sinais indicam que há luz no fim do túnel. A principal delas, com certeza, foi a mudança da Diretoria. O expurgo de Mustafá Contursi trouxe novos dirigentes que, mesmo ainda não sendo exemplos administrativos, aparentam ter ao menos boas intenções.
Essas boas intenções podem ser vistas em algumas ações pontuais, como a Onda Verde - ação de marketing de fidelização da torcida - e a Cesta de Atletas - captação de recursos mediante a venda de 'cotas' de seus jogadores. Esta última, se corretamente administrada, pode se tornar um bom paliativo para os problemas financeiros do clube.
Por fim, viu-se esse ano a aposta (até agora) em uma promessa da nova geração de técnicos brasileiros. Mesmo com adversidades e sem alcançar bons resultados, Caio Júnior segue no comando do time desde o início do ano. O problema é que ele não tem bons jogadores, dificilmente os terá, e assim fica impossível de conseguir o esperado - e cobrado - por Diretoria e torcida. E esse é o ponto que falta.
Enquanto o Palmeiras cobrar de seu técnico e elenco (sejam eles quem forem) resultados de times de ponta, a frustração será geral. A situação financeira do clube é ruim, impedindo-o de contratar jogadores de nível, e consequentemente atingir patamares mais elevados. Cabe ao próprio clube admitir, e convencer sua torcida, da sua real condição financeira e da necessidade de um planejamento de reestruturação. Isso leva tempo, provavelmente adiará a consquista de títulos, mas quanto antes começar melhor.
Parcerias, claro, também são uma solução de curto prazo. Se uma oportunidade surgir nos moldes da Parmalat, que seja bem conduzida e aproveitada, para não se repetirem os erros do começo dessa década; porém, qualquer modelo 'são-jorgiano' de captação de recursos deve ser veementemente repudiado, por motivos já descritos nesse blog.
Não iludam a torcida com promessas que não serão cumpridas, pois a cobrança virá em dobro. Essa mesma torcida, mesmo sendo extremamente exigente, vem se mostrando fiel ao time até nos piores momentos - vide a média de público do Parque Antártica nos jogos da Série B. Jogando limpo com ela, além de ganhar paz para trabalhar, a Diretoria ganharia também seu apoio e sua compreensão.
E, antes que me perguntem, já respondo:
Não, eu não simpatizo com o Palmeiras e nem torço para a sua recuperação.
Sim, como qualquer torcedor apaixonado, me divirto com a situação e com a desgraça dos meus rivais.
Mas também sei aplaudir vitórias merecidas e trabalhos bem feitos, pois o futebol como um todo sai ganhando. E o Palmeiras tem condição de conseguir ambos.
O 'hiato' Parmalat, entre o final de 1992 e 2000, trouxe além do período mais vitorioso da história do clube, a ilusão de tempos modernos. Os últimos 31 anos do clube podem ser resumidamente descritos como 23 anos de fila e oito como exemplo do mais bem sucedido caso de marketing e gestão esportiva do nosso esporte (claro que, com 14 anos de idade, é impossível de se ter essa visão, e os produtos Parmalat sofreram um implacável boicote aqui em casa).
A Parmalat trouxe títulos e dinheiro mas levou-os embora com o fim da parceria, recolocando o Palmeiras na mesma amargura dos anos 80. Sua incompetente Diretoria da época não soube aproveitar os louros da vitória e deixou como legado, além de dívidas, o rebaixamento à Série B em 2002.
De lá para cá, a coisa como um todo pouco mudou. Porém, alguns sinais indicam que há luz no fim do túnel. A principal delas, com certeza, foi a mudança da Diretoria. O expurgo de Mustafá Contursi trouxe novos dirigentes que, mesmo ainda não sendo exemplos administrativos, aparentam ter ao menos boas intenções.
Essas boas intenções podem ser vistas em algumas ações pontuais, como a Onda Verde - ação de marketing de fidelização da torcida - e a Cesta de Atletas - captação de recursos mediante a venda de 'cotas' de seus jogadores. Esta última, se corretamente administrada, pode se tornar um bom paliativo para os problemas financeiros do clube.
Por fim, viu-se esse ano a aposta (até agora) em uma promessa da nova geração de técnicos brasileiros. Mesmo com adversidades e sem alcançar bons resultados, Caio Júnior segue no comando do time desde o início do ano. O problema é que ele não tem bons jogadores, dificilmente os terá, e assim fica impossível de conseguir o esperado - e cobrado - por Diretoria e torcida. E esse é o ponto que falta.
Enquanto o Palmeiras cobrar de seu técnico e elenco (sejam eles quem forem) resultados de times de ponta, a frustração será geral. A situação financeira do clube é ruim, impedindo-o de contratar jogadores de nível, e consequentemente atingir patamares mais elevados. Cabe ao próprio clube admitir, e convencer sua torcida, da sua real condição financeira e da necessidade de um planejamento de reestruturação. Isso leva tempo, provavelmente adiará a consquista de títulos, mas quanto antes começar melhor.
Parcerias, claro, também são uma solução de curto prazo. Se uma oportunidade surgir nos moldes da Parmalat, que seja bem conduzida e aproveitada, para não se repetirem os erros do começo dessa década; porém, qualquer modelo 'são-jorgiano' de captação de recursos deve ser veementemente repudiado, por motivos já descritos nesse blog.
Não iludam a torcida com promessas que não serão cumpridas, pois a cobrança virá em dobro. Essa mesma torcida, mesmo sendo extremamente exigente, vem se mostrando fiel ao time até nos piores momentos - vide a média de público do Parque Antártica nos jogos da Série B. Jogando limpo com ela, além de ganhar paz para trabalhar, a Diretoria ganharia também seu apoio e sua compreensão.
E, antes que me perguntem, já respondo:
Não, eu não simpatizo com o Palmeiras e nem torço para a sua recuperação.
Sim, como qualquer torcedor apaixonado, me divirto com a situação e com a desgraça dos meus rivais.
Mas também sei aplaudir vitórias merecidas e trabalhos bem feitos, pois o futebol como um todo sai ganhando. E o Palmeiras tem condição de conseguir ambos.
2 comentários:
fugindo um pouco do assunto porcada...
ontem durante a transmissao da formula 1, o ilustre Cleber "Hoje nao, Hoje nao, hoje sim.. " Machado:
Primeiras voltas: "Raikkonen esta fazendo um bom papel de escudeiro para o Massa"
Diferença Caindo: "A Ferrari nao pode autorizar uma briga, nao faz sentido"
Apos a segunda parada, Raikkonen na frente: "formula 1 é competiçao, a Ferrari nao pode interferir na briga.. e a diferença ta diminuindo"
Abs
FJ.
Narradores e comentaristas falam o que o povão quer ouvir, motivados por anseios de popularidade e emoção à causa.
Qualquer falta de um time chileno mostra como eles dão desleais; mas a cotovelada que Pelé deu no zagueiro uruguaio na Copa de 70 virou lance de gênio.
Até a torcida entra na onda...
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