Posso ser meio birrento, e a vítima da vez é a falta de memória do brasileiro e respeito com seus ídolos. Ontem foi por causa do Guga, hoje é a despedida do Sonny Anderson.
O jogo festivo colocou mais de 30 mil torcedores no estádio do Lyon e contou com convidados que variaram de Bats a Roberto Dinamite. Além de fazer três gols e ver seu filho fazer mais um(que deve ter uns oito anos, momento genial), Anderson se emocionou ao ser ovacionado pelos presentes e agradeceu com um discurso. Todo em francês.
Anderson nem foi ídolo no Brasil, e é mais que justo que sua despedida tenha sido realizada lá fora. A comparação entre a realidade de Brasil e França é que é curiosa. A atual capital futebolísta francesa, Lyon, se mobilizou em uma segunda-feira para homenagear um jogador que nem francês é, num país tão orgulhoso de sua história tão ricamente construída ao longo dos séculos. Jogador este que, apesar dos títulos e da importância para o Lyon, está longe de estar entre os maiores jogadores da história.
Já aqui, sendo breve e não mencionando outras histórias tristes, vimos um país discutindo e criticando a epopéia do milésimo gol do Romário, o maior jogador que o mundo já viu dentro da área (vide o gol de sábado). Preferiu-se a contestação da sua contagem à homenagem ainda durante sua vida futebolística. Brasileiro é engraçado: subestima ou superestima os feitos de seu povo, dificilmente vê as coisas como elas são.
Outro fato a ser notado desta despedida é a própria história do Anderson, que teve de deixar o país do futebol para alcançar o sucesso. Nada contra isso. Mas com a crescente debandada de jogadores brasileiros para o exterior, antes ainda de terem criado fãs no Brasil, a cena de hoje tende a se repetir cada vez mais no futuro.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
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