Sempre achei estranha a história de alguém ter um 'segundo time'. Na minha cabeça, o coração do torcedor só tem espaço para um. Mas desde aquele jogo no Recife em 2005, me permiti admirar o Grêmio. Não chego a torcer, simpatizar seria mais adequado. Com certeza, o fato de ser um tricolor ajudou nisso.
Nessa final histórica de Libertadores, vou torcer para o Grêmio. Mas não hoje. Acho que o melhor resultado para os gaúchos é uma derrota por 1 gol de diferença, e explico.
O Grêmio não vem fazendo bons jogos fora de casa, mas no Olímpico é diferente. Desde a primeira fase, conseguiu todos os resultados que precisava. No último jogo da primeira fase precisava ganhar do Cerro para se classificar, e ganhou. Nas oitavas, perdeu o jogo de ida para o São Paulo e reverteu - fácil - na volta. Nas quartas, contrariou a maioria e devolveu o placar de 2x0 contra o Defensor, vencendo nos pênaltis. E, finalmente, contra o Santos, alcançou o placar que queria em atuação memorável.
Por outro lado, o ditado de 'cutucar a onça com vara curta' vale para o Boca. Na primeira fase, mesmo usando o time reserva na altitude foi desacreditado, e quando precisava fazer três para se classificar fez sete. Nos confrontos de quartas-de-final, contra o Libertad, cedeu o empate na Bombonera. Venceu fora. Na semi sofreu derrota por 3x1 contra o Cúcuta (na Colômbia) mas se classificou com um 3x0.
Resumo da ópera: enquanto os brasileiros conseguiram em casa todos os resultados que precisavam, os hermanos não deixam por menos e também buscam esse resultado, até fora de casa se preciso.
(aliás, o Boca já venceu Corinthians, Paysandu, Santos e empatou contra Palmeiras - duas vezes - e São Caetano em jogos decisivos de Libertadores no Brasil)
Não provoquem o Boca. No Olímpico, Grêmio é Grêmio.
quarta-feira, 13 de junho de 2007
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